domingo, 30 de outubro de 2011

MUNICÍPIOS PERDEM CERTAS OPORTUNIDADES DE CRESCER POR FALTA DE DIÁLOGOS ENTRE OS PREFEITOS.


Se nosso objetivo é cumprir uma missão, nada melhor do que procurar saber se alguém já tentou e verificar como foi o desempenho da pessoa. Evidentemente procurando tirar benefícios das boas ações e da mesma forma, evitar cometer os erros caso sejam constatados. Precisamos de uma referência e nada melhor do que ser humilde para saber que antes de nós alguém deve ter passado por ali.
Talvez possamos dizer que isso é lugar-comum, sim, sei que é, mas poucos ou quase ninguém faz isso, o orgulho não permite.A pessoa em cargo de chefia deve estreitar os laços horizontais, trocar ideias, perguntar aos subordinados, se inteirar de experiências bem-sucedidas, participar de encontros, ter conhecimentos de planos e programas, se existirem, manter-se atualizado, ser leal aos seus superiores e procurar aprender com eles, enfim, o cargo de chefia requer um grande esforço e dedicação, além de outras atributos inerentes ao ser humano, mais acentuado em uns e, às vezes, menos em outras. 
Entendo que os Cargos de Prefeito e Vereador,como são cargos de chefia,seus ocupantes poderiam conversar mais entre si, principalmente em cidades pequenas. Os administradores municipais poderiam trocar experiências, um ajudar o outro, mesmo com mão de obra especializada, ainda que cobrando um preço simbólico mas sempre pensando num bem maior, qual seja: o crescimento dos seus municípios.
Sei que existem encontros, reuniões, debates, visitas e outros eventos que normalmente geram algumas diárias, isso é bom, mas pouco proveitoso, os resultados são praticamente inexistentes,contudo, são válidos. Aqui,não estou me referindo a esses eventos.Refiro-me às trocas de experiências, tais como: ceder um funcionário para implantar um sistema de auditoria que já esteja consolidada em determinado município; desenvolvimento, por técnicos de mais de uma prefeitura, de um determinado projeto que beneficie mais de um município; ceder programas de controle, como da merenda escolar, para prefeituras que ainda não disponham dessa ferramenta; prefeitos que tiveram boas ideias e/ou experiências bem-sucedidas permitam que outros municípios se beneficiem e principalmente os municípios beneficiados aceitem, sem interferência do Governo Federal e, outras ações que podem ser implementados por municípios vizinhos.
Hoje, com a internet, podemos notar as grandes disparidades entre as administrações municipais. Alguns municípios disponibilizam fotos, relatórios, plano diretor bem elaborado, plano plurianual, lei orgânica do município e demais dados referentes ao município, outros, quando muito, disponibilizam umas três linhas de notícias, umas duas fotografias, sempre enaltecendo o prefeito e o restante é somente “aguardando material para publicação”.Até os sites, uns, são bem organizados, com currículo do Prefeito; calendários de eventos e tudo mais, outros, são sites que aquelas empresas disponibilizam só pra quebrar o galho e provavelmente ganhar algum dinheiro e o que é pior: as prefeituras pagam. Dessa forma, o dinheiro da população é desperdiçado.Se não pagam, ainda assim é triste, uma prefeitura ter seu nome associado a produto de qualidade duvidosa.Sinceramente, não entendo isso.
Será que nossos administradores não conversam, não se gostam ou temem ter o sucesso ameaçado? Acho que não é o caso. O que falta mesmo, no meu entender, é diálogo entre eles e humildade para aceitar ajuda quando necessário.
É uma pena vermos municípios com mais de cem anos e ainda serem administrados como se nenhuma mudança estivesse acontecendo.Culpa do povo?Incompetência dos administradores? Não. Povo e administradores certamente sabem que as mudanças são irreversíveis e a cada dia as exigências e desafios para os administradores serão maiores e as soluções estão por perto, basta conversarem mais e terem em mente que cada ELEITOR espera muito de cada ADMINISTRADOR MUNICIPAL.
Pensem nisso.
30OUT2011

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O DIA EM QUE O "JUCURARU" ROI O RABO.


No sítio, tem dia que amanhece chuviscando, aquele burrisco fininho e nossa vontade é ficar enrrolado na rede, de longe, parece até um sucuriju que engoliu uma embiara. No fogão, os tições apagados, denunciam que a boia naquele dia está vasqueira. A chuva continua com aquela zoadinha gostosa na palha de inajá bem mupicada. Lá fora, o tijuco liso que só mussum, tira a coragem de meter o pé na lama, o mijacão ou a frieira rondam cada pé. Credo!
A maré seca no igarapé, tira a vontade de botar o casco n’água porque um ananinzeiro atravessado bem no rego do igarapé impede a passagem, paresque é praga! tem-se que descer e puxar o casco para contornar a árvore caída.
Café, farinha, açúcar e demais mantimentos precisam de uma intera. A mandioca apodrecendo na roça, ainda mais agora com as chuvas. Se não fosse os caititus e os porcos que aparecem por lá, os pai-lourenços poderiam ficar mais um tiquinho de tempo aguardando, mas se não tiver farinha que adianta a boia?
O açaí está vasqueiro, uns cachinhos que tinham ali na pontinha já foram apanhados e os tucanos e araçaris não dão trégua, acabam o restinho que ficou. Alguns ainda estão verdes… nem paró pro bebe. Para catar alguma vassourinha tem-se que ter coragem porque as árvores ficam lisas que nem sabão.
Despescar um cacori? Talvez. Mas com as águas vivas os peixes somem, somente alguns gitos podem estar por lá; camboas não tem dado nada e os matapis não foram iscados. Com esse haver de chuva, mundés e armadilhas não são armadas; tapagens não são feitas, lenternar ...nem pensar.
O rompe-mato continua enrrodilhado no pé do esteio. Só o cochito que ronca, fuçando o caroçal. Nem as galinhas desceram dos puleiros!
No jirau, as panelas tisnadas estão vazias. Tem lenha, mas querosene e fósforo só tem uma rebarbinha.
Pois é, um dia desses, lá no sítio, dizemos que é o dia em que o jucuraru roi o rabo.

10OUT2011

domingo, 2 de outubro de 2011

RIQUEZA PONTAPEDRENSE


 
“……Os dois portugueses, lesados no ajuste, iam se embrabecendo. Mas menos lesados foram ficando ao descobrir ali perto, tão exposta, parecendo muito à mão, a cabocla descalça, dessas de serventia de  famílias. A quem logo jogaram pilhérias, foram pilheriando, pilheriando, Libânia a fazer que nem seu Sousa, mouca. Um deles, então, largou do balde, renteou a pequena e zás! Lhe deu, não onde queria, foi no lado da coxa mais no pano do vestido, lhe deu um beliscão. Mas pra quê! Ela saltou, cega, escura, com o balde d’água suja sobre o homem, deu gritos, virou tinas, atirou vassouras, sabão, paus, lixo, e cuspiu nos homens, obrigados a sair para a rua, corridos, à espera que tal onça se acalmasse..”

Belém do Grão-Pará/Dalcídio Jurandir.

LINLINGUAGEM REGIONAL DO PARÁ, DECLARADO PATRIMÔNIO IMATERIAL DO ESTADO

Diário Oficial Nº. 32008 de 28/09/2011

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO

LEI N° 7.548, DE 12 DE SETEMBRO DE 2011


Declara como integrante do patrimônio cultural de natureza imaterial do Estado do Pará, a linguagem regional.
A AssemblEia Legislativa do Estado do Pará estatui e seu Presidente, nos termos do § 7º do art. 108 da Constituição do Estado do Pará promulga a seguinte Lei:
Art. 1° Fica reconhecido como patrimônio cultural de natureza imaterial para o Estado do Pará a linguagem regional, nos termos do art. 286, da Constituição do Estado do Pará.
Art. 2° Integra-se ao patrimônio cultural imaterial do Estado do Pará a linguagem regional com as seguintes palavras:
I – pai d’ égua - (excelente);
II – égua – (vírgula do paraense, demonstra a emoção de cada intenção da frase);
III -  “é-gu-a” – (poxa vida);
IV – levou o farelo – (se deu mal);
V -  pitiú – (cheiro de característica do peixe);
VI – só-te-digo-vai! – (expressão usada pelas mães pra chamar atenção dos filhos, quando não às obedecem);
VII – te acoca – (te abaixa);
VIII – tuíra – (pele ressecada);
IX – mas-como-então? – (explique-me);
X – bora logo! – (se apresse).
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
                       PALÁCIO CABANAGEM, GABINETE DA PRESIDÊNCIA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARÁ, EM 12 DE SETEMBRO DE 2011.
                          DEPUTADO MANOEL PIONEIRO
                           Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Pará

sábado, 1 de outubro de 2011

SERÁ QUE PONTA DE PEDRAS JÁ FAZ PARTE
DO PROGRAMA?
 
 CGU e GESTÃO PÚBLICA. Portaria/CGU nº 2.008, de 28.09.2011
(DOU de 29.09.2011, S. 1, ps. 20 a 24) - torna pública a realização do
14º sorteio do Programa de Fortalecimento da Gestão Pública, no dia
03.10.2011, às 09:00h, no auditório da Caixa Econômica Federal,
Agência Planalto, situada no Setor Bancário Sul, Quadra 1, Bloco "L",
Brasília-DF. O sorteio selecionará os municípios que receberão ações
de educação presencial do Programa de Fortalecimento da Gestão
Pública, nos termos da Portaria/CGU nº 528, de 11.04.2008. Será
sorteada 01 (uma) unidade municipal para cada Estado da Federação,
exceto para os Estados do Acre, Amapá e Roraima, cujos municípios
concorrerão conjuntamente para a escolha daquele que receberá a ação
de capacitação. Por oportuno, convidamos a rede do Ementário de Gestão
Pública a conhecer e divulgar os detalhes do Programa de
Fortalecimento da Gestão Pública, na página web da Controladoria-Geral
da União, qual seja:
http://www.cgu.gov.br/AreaPrevencaoCorrupcao/AreasAtuacao/Fortalecime...

Extraído do ementário de Paulo Grazziotin.
 EDUCAÇÃO. Lei nº 12.499, de 29.09.2011 (DOU de 30.09.2011,
S. 1, p. 1) - autoriza a União a transferir recursos financeiros aos
Municípios e ao Distrito Federal, com a finalidade de prestar apoio
financeiro à manutenção de novos estabelecimentos públicos de educação
infantil, e dá outras providências. Pelo art. 4º do normativo, a
transferência de recursos financeiros no âmbito desta Lei será
efetivada, automaticamente, pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE), dispensando-se a celebração de convênio, acordo,
contrato, ajuste ou instrumento congênere, mediante depósito em conta
corrente específica. O Conselho Deliberativo do FNDE disporá, em ato
próprio, sobre os critérios operacionais de distribuição, repasse,
execução e prestação de contas do apoio financeiro.

Extraído do Ementário de Gestão Pública - Paulo Grazziotin.