sábado, 24 de dezembro de 2011

DESEJO A TODOS UM FELIZ NATAL E QUE AS BENÇÃOS  DO  SENHOR  TRAGA  PAZ, AMOR, FELICIDADE E ESPERANÇA PARA CADA LAR
E QUE 2012, SEJA UM ANO CHEIO DE REALIZAÇÕES/ DIAS. 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

ADEUS AO MEU AMIGO BAGICO.


Esta semana eu fui surpreendido com a triste notícia que meu grande amigo Bagico faleceu. Foi algo repentino!
O Bagico fazia parte de uma grande clã – OS SERRAS. Não lembro de todos mas conheci a D. Virgínia, mãe dedicada que criou o Lúcio, Paulo, Paxaxá, Pedro, Duriquinho, Joaquim, Bagico e João, moravam ali mesmo, no Jenipaúba, onde o Bagiquinho, assim que eu o tratava, viveu até seus últimos dias e não aceitava por nada afastar-se daquele lugar. Dizia:
- Eu gosto mesmo é de mato!
Lembro das festas que fomos juntos quando jovens, principalmente quando ele começou a namorar a faceira Adorfina (Dodó) minha prima, com quem veio a casar e constituir uma família maravilhosa. Sempre juntos, sua Dodó esteve a seu lado até o último momento. Coisa rara nos dias de hoje.
Naquela época, as festas eram mais tranquilas e enquanto o picarpe alegrava os dançantes, o Bagico, Joaquim e o João, que andavam sempre juntos, no intervalo de uma “parte”, suados, ficavam ali por perto da D. Flozita, minha Mãe, o licor e o papo faziam da noite companheira ideal para momentos inesquecíveis. Eu ficava ali pela ilharga para surrupiar um pires de arroz doce, delícia que sinto falta, sem falar nas pessoas que, hoje, com lágrimas, dos quatro, só vejo o Joaquim – Até quando Senhor?
Dia 24 de novembro de 2011, eu e o Bagico estivemos conversando em sua casa no sítio. Ele, sentado no seu lugar predileto, no assoalho, encostado num esteio na cozinha com fogão à lenha, construída ao lado da casa principal. Aquela cozinha era seu mundo particular, lugar onde eventualmente almoçava e tirava sua sesta. Homem simples e de poucos mimos, gostava mesmo era de ver tv e ficava aborrecido se fosse incomodado na hora da novela das seis, seu programa favorito. 
                                                       Bagico.
No dia em que estivemos conversando, falávamos da Festa de São Miguel que era organizada pelo Sr. Luiz Mucura e realizada anualmente na casa que pertencia a família do Sr. Antônio Patrão. Festa animada, com comida, muita dança e moças bonitas, época muito boa. Lembrávamos do time e dos jogadores daquela época, craques que jogaram por lá, como Higino, Puio, Tutano, Belo, Mangabeirinha, Guarasuco, Queiroz, Paquetão e outros mais. Alguns desses jogadores, jamais tiveram boa vida enfrentando o forte time do São Miguel cujo os diretores Venício Preto, Doriquinho Serra, Gracindo e Luiz Mucura, não mediam esforços para escalar sempre o time titular, e assim, fazer bonito nos jogos ali realizados. Naquele dia, o Bagiquinho relembrou o time do São Miguel daquela época, basicamente tinha a seguinte escalação:
Goleiro: BAGICO (Excelente goleiro).
Defesa: Joaquim Serra, Gregorino, Gracindo Ribeiro e Oscar Mucura.
Meio Campo: Afonso Mucura, Vespasiano Ribeiro e João Serra.
Atacantes:Hermógenes, Duriquinho Serra e Idalino Serra.
 Ficavam à disposição para entrar a qualquer momento: Juquinha e antoniozinho.
Atletas que normalmente eram convidados: Higino e Puio.
Evidentemente, muitos desses amigos já não podem se cumprimentar, isso é a vida, contudo, nós que ainda estamos por aqui não os esqueçemos.
No domingo, dia 27 de novembro de 2011, acompanhamos o Círio da nossa Padroeira juntos, eu, Bagiquinho e a Dodó e já à tarde, lá ia o Bagiquinho pro sítio, para o lugar que ele sempre foi feliz e indiscutivelmente se sentia bem. Tinha alguns planos para este Natal/final do ano, como por exemplo: reunir a família para uma festa e ao som das músicas do Giníca, seu filho, dançarem até a saracura anunciar o raiar do dia. Não foi possível.
Em uma família, todos membros são importantes e cada um exerce seu papel para alcançar o objetivo maior, qual seja:O sucesso de todos.Como em uma nau, é a união e a disciplina que fazem toda diferença. Eventualmente, o comandante pode faltar, mas certamente a missão será cumprida, pois, as instruções e os ensinamentos são feitos ao longo da viagem. Assim é a vida, aprender sempre e aplicar se necessário for. Sei que durante sua jornada por aqui o Bagiquinho transmitiu inúmeros ensinamentos para os seus e hoje, sem seu timoneiro, tenho certeza que pouco mudará, pois a união de seus descendentes os farão sempre fortes. Tristes certamente ficarão principalmente quando reunidos na cozinha com fogão à lenha,durante as longas conversas, olharem para aquele esteio, certamente estará solitário, pois, seu principal usuário estará ausente!
                                                        Cozinha.
                                                      Fogão à lenha.
Bagiquinho, um grande abraço e saiba que mais importante que bens materiais são as lembranças que ficam, essas são eternas. CERTAMENTE VOCÊ SERÁ SEMPRE LEMBRADO COM CARINHO POR TODOS QUE TE AMARAM E SE EU PUDESSE PERGUNTAR-LHE COM FOI A VIDA, ACHO QUE VOCÊ DIRIA: MUNDINHO, FOI BOA, FOI BOA! VAI COM DEUS MEU AMIGO.  
23dez2011

domingo, 18 de dezembro de 2011

O BAR DO ODU.



Não sei se voces conhecem os senhores Lucival Bandeira e Oduvaldo Bandeira, aparentemente pouco conhecidos. Entretanto, se falarmos no Daco e no Odu, aí tudo fica mais fácil. Como sabemos, o Daco (Lucival) e Odu (Oduvaldo) juntamente com o Coeno e outros irmãos, são filhos do Sr. Lindolfo Bandeira, célebre pela tranquilidade ao falar com as pessoas e pelos inúmeros “ponteiros” que enfrentou na cana do leme da Patativa.
Este ano, o Bar do Odu, como é denominado o estabelecimento da família Bandeira, localizado ali na pracinha, não só atendeu aos anseios dos pontapedrenses em pintar seu bar, como foi além. Com bastante criatividade, relembrou nas paredes do balcão do bar garités que fizeram parte da história do nosso Município. Não teve como objetivo mostrar uma obra de arte, mas sim, um trabalho nativo, feito por um morador do lugar. O artista que mostra sua arte através de pinturas simples, mas significativas, é o Sr. Lopes, filho do Sr. Pitíco, como é mais conhecido.
Eu, soudosista como sempre, gostei das pinturas e além de PARABENIZAR a família Bandeira, mostro para voces o trabalho existente no Bar do Odu para que todos pontapedrenses apreciem e relembrem um pouco das garités e seus proprietários que faziam as viagens para Belém carregando açaí e eventualmente disponibilizando as camarinhas para os marinheiros de primeira viagem, mas era o que tínhamos naquela época, boa por sinal. Vejamos:
a)     Patativa – Propriedade do Sr Lindolfo Bandeira, ele mesmo pilotava. 
 
b)    Vespertina – Pertencia ao Sr. João Gomes que também era o piloto.


c)     Maringá – Era do Sr. João Ramos e quem pilotava era o Pedro do Bidi.




d)    Sincera – Pertencia ao Sr. Miguel Martins.


e)     Luz da Esperança – Propriedade do Sr. Fernando Everdosa, e


f)      Original – propietário Sr. Luiz Pezudo.


 A oportuna lembrança da família Bandeira ao mostrar quadros dessas embarcações na parede do balção do Bar do Odu, é sem dúvida motivo para que outros comerciantes alegrem seus estabelecimentos com outros temas, ou mesmo outros meios de tornar nossa Cidade mais alegre e manter nossa cultura viva em nossas memórias.
Observando a parede do Bar do Odu, vemos que tem uma pintura de um saxofonista que o Daco afirmou tratar-se de uma homenagem ao seu avô sr. João Bandeira, exímio instrumentista, como o neto.
Dificilmente veremos garités como as acima mencionadas,entretanto,  embarcações de madeiras continuarão navegando em nossos rios, pois, já ficou provado que, na Amazônia, a madeira ainda é o melhor material para fazer embarcações, dado as particularidades da região. Nosso Município certamente continuará possuindo belas embarcações feitas por mãos habilidosas como as do Sr. Raimundo da Silva Ribeiro, nascido no Municipio de Cametá e que escolheu Ponta de Pedras, como local para desenvolver sua arte de grande mestre na construção de belas embarcações. Ao Sr. Cametá, como é mais conhecido, muito obrigado.  

                  Cametá juntamente com a homenagem ao sr. João Bandeira.

Finalizando, seria bom que exemplo como da família Bandeira, sempre que possível, fosse seguido e a Cidade só teria a ganhar.
Pensem nisso.
18DEZ2011.   



quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

PONTA DE PEDRAS - PARTE I - PONTOS POSITIVOS.


Este ano, quem foi acompanhar o Círio de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Ponta de Pedras, deve ter notado que a Cidade mudou um pouco em relação aos últimos anos. Dessa forma, procurarei destacar os pontos que pude observar e considerei positivo e numa outra oportunidade, citarei alguns pontos que deixaram a desejar sob meu ponto de vista.
Outro dia citei a boa oferta de transporte para o Município, isso facilitou a presença de maior número de romeiros este ano, pois, a quantidade de pessoas na Cidade era bem maior do que das outras vezes. Dava para notar que a pracinha, ponta de encontro dos que visitam a Cidade, nas noites que estive por lá, estava sempre movimentadíssima.
Falando na Pracinha, durante a noite, aquelas motocicletas e bicicletas que costumeiramente se misturavam com os transeuntes nessas ocasiões, estavam ausentes. Notei que ao lado da igrejinha tinha um estacionamento para esses veículos. Parabéns ao Rony, que segundo me falaram anda se esforçando para melhorar o trânsito, mesmo sem a principal ferramenta para isso, pois eu soube, que nosso Município ainda não tem um Departamento Municipal de Trânsito ou coisa parecido. Acho que nossos ocupados vereadores, em 134 anos, ainda não tiveram tempo para elaborar tão importante documento. É uma pena!
Já que falei na igrejinha, ponto de referência para nós, pontapedrenses, confesso que ficou muito bonito o novo visual da Igreja, pintadinha com uma cor forte e que ao por-do-sol, se acentua.

O interior da Igreja, igualmente ficou uma beleza. Para completar, o relógio dava as badaladas de sempre, nas horas cheias e nas meias hora. Soube que a recuperação da Igreja foi uma iniciativa da própria comunidade, achei isso muito importante e dessa forma a pracinha ficou ainda mais bela e aconchegante.

Por falar em beleza e na pracinha, os bares pintados com belas cores deram um complemento que vinha sendo sentido. Alguns proprietários de bar ousaram, mandaram pintores locais mostrarem suas habilidades nas parades, pintando belas paisagens com motivos pontapedrenses, eu saudosista que sou, achei o máximo.

Ao contrário do ano passado, achei a Cidade mais limpa de um modo geral. Algumas ruas foram recuperadas, como aquela que passa em frente da Catedral, ali foi melhorado porque ano passado era só buraco, dificultando caminhar. As ruas por onde a procissão passou, estavam asfaltadas e aquela poeirada que levantava e incomodava todos acabou! Aqui, meus parabéns são para o Prefeito e seus assessores. Prefeito: ASSIM QUE SE FAZ.
Estive ali pelo João tomando uma cerpa e na passagem, observei que aquele bar horrível que funcionava na Casa Tavares "escafedeu-se", instalaram no local uma loja que vende roupas. Também não vi aquela jardineira que ficava isolada no meio da passagem, agora fizeram um jardim no local, só falta umas flores para completar o trabalho.
A feira estava mais apresentável e tenho certeza que o pessoal que visitou Ponta de Pedras este ano, para o Círio, ficou mais satisfeito em ver sua Cidade melhor cuidada e um pouco mais organizada.
Por falar em organização, este ano, o pessoal que cuida dessa parte da festa, programou o círio fluvial e a corrida de cavalos marajoaras para ocorrerem em horários diferentes. O círio, sábado pela manhã e a corrida no sábado a tarde, pelo que ouvi, os eventos estavam bem organizados e o resultado da corrida, este ano, foi uma surpresa porque um azarão emplacou o primeiro lugar. Eu não consegui assistir esses eventos, pois, fui acometido de uma infecção intestinal que deixou-me entregue ao departamento médico, sob os cuidados da Dione, minha mulher e da Graça minha irmã, a quem agradeço toda dedicação e empenho para meu pronto restabelecimento, o que aconteceu somente no domingo e dessa forma acompanhei o Círio, meio capenga mas deu para ir até ao final, conforme meu objetivo.

Certamente alguns pontos positivos ficaram de fora, minha perspicácia deve ter falhado em algum detalhe e peço disculpas por isso, mas certamente no relatório que a Comissão Organizadora do Círio fará deverá constar tudo. Caso não elaborem esse documento, sugiro que outros pontadrenses que amam sua Terra, como eu, comentem sobre nossa Cidade, procurando citar os pontos positivos observados e se observar pontos negativos, da mesma forma citar, mas sempre com o objetivo de ajudar, esquecer partidarismo, rivalidades políticas e outras mazelas que só trazem magoas para os que tentam de alguma forma acertar. Certamente a Cidade precisa de melhorias, mas sejamos justos nos momentos de acerto e o melhor pagamento, sem dúvida, é o reconhecimento.
FINALIZANDO, PARABENIZO À TODOS QUE DE ALGUMA FORMA TIVERAM IDÉIA OU COLABORAM PARA O SUCESSO DO CÍRIO DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO – 2011, EM PONTA DE PEDRAS.
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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

VIAJANDO PARA PONTA DE PEDRAS.


Viajar para o interior do estado parece simples. Aquele pessoal que já está acostumado, como eu, não acha nada de mais, no entanto, para os marinheiros de primeira viagem não deixa de ser um bom passeio.
A viagem para Ponta de Pedras, que fica próxima de Belém, a umas tres a quatro horas de viagem de barco, é rápida. O B/M (barco motor) tem algum conforto: cadeiras estofadas para todos passageiros e alguns camarotes bem simples com banheiro, que poderão ser comprados pelos passageiros mais abastados e assim podem viajar mais confortável.

Antes do B/M desatracar tem início a venda de tudo que é bugigangas pelos vendedores ambulantes, é picolé, jornal, laranja,brinquedinho plástico e etc. Na cantina do B/M também existem vários itens a venda, principalmente comida e refrigerantes, assim, a empresa compensa a receita por ter deixado de vender toda a lotação da embarcação. 
Na viagem que fiz no B/M Dádiva do Marajó, por ter saído às 12 horas, tinha almoço para venda: arroz, feijão, macarrão, frango frito e farofa, ao preço de R$ 7,00 (sete reais), não achei caro e também não vi reclamações de que tenha faltado o prato para venda.

Como já comentei existem outras embarcações nessa época e assim o romeiro pode contar com mais opções para chegar até o Município e acompanhar  o Círio da Padroeira do lugar.
A travessia é tranquila e durante a viagem pode-se apreciar as belas paisagens quando passamos pelas ilhas e após a entrada no Rio Marajó Açu, que banha Ponta de Pedras. Se levarmos uma máquina fotografica com uma objetiva de alguns mm, podemos obter belas fotos durante a viagem. Comboios madereiros, barcos de passageiros, barcos pesqueiros e pescadores, são comuns ao longo da viagem. Uma foto do farol do Carnapijó, que fica na entrada/saída do furo do Carnapijó, sempre causa um bom impacto, assim como, uma foto do farol Itaguary, que fica na entrada/saída do Rio Marajó Açu. Não deixa de ser um belo passeio para os que estão acostumados na rotina das avenidas apinhadas de veículos barulhantes e poluidores.

Só para comparação, vejamos o preço de alguns passeios de B/M pela orla de Belém, oferecido pela empresa de turismo valeverde, sediada em Belém:
a)     Furos e igarapés – conhecer os furos e igarapés, com uma caminhada na floresta, R$ 100,00 por pessoa, duração: 3 horas e
b)    Passeio curtindo as belezas da orla de Belém, R$ 40,00 por pessoa, duração: 1h30minutos.                       
Outras empresas oferecem passeios para Soure, Salinópolis e outros lugares do nosso interior, assim, entendo que uma volta por Ponta de Pedras, além de agradável é relativamente barato. Resta saber se o Município está preparado para receber o visitante (turista) que a cada dia procura por mais verde e lugares aconchegantes para buscar algum momento de paz e tranquilidade. Acho que Ponta de Pedras pode ser um desses lugares, basta que as autoridades pontapedrenses trabalhem para isso. Sobre a Cidade? Depois eu comento.