quinta-feira, 29 de setembro de 2011

CONGRESSO GLOBAL CONTRA CORRUPÇÃO, EM 2012

Brasília vai sediar, de 7 a 10 de novembro de 2012, a 15ª Conferência
Internacional Anti-Corrupção, a 15ª IACC, conforme a sigla em inglês.
O anúncio foi feito em 28.09.2011 pela promotora do evento, a ONG
Transparência Internacional (TI), em sua sede, em Berlim (Alemanha). O
evento é realizado desde 1983 e, desta vez, terá como tema
“Mobilizando Pessoas: Conectando Agentes de Mudança”. No Brasil, a
Conferência será feita em parceria com a Controladoria-Geral da União
(CGU), a associação Amigos Associados de Ribeirão Bonito (Amarribo) -
representante da TI no Brasil - e o Instituto Ethos de Empresas e
Responsabilidade Social.
A IACC é considerada o principal fórum global e independente de
combate à corrupção, reunindo as principais lideranças globais da luta
para eliminar seu impacto sobre a governança, a economia, o meio-
ambiente e, principalmente, sobre o cotidiano da população,
especialmente dos mais necessitados. O evento acontece a cada dois
anos.
Mais de 1,5 mil participantes de mais de 135 países devem participar
na 15ª IACC, que reunirá líderes dos setores público e privado,
jornalistas investigativos, representantes do Judiciário, autoridades
de persecução penal, ativistas, acadêmicos e sociedade civil.
A 14ª IACC, realizada em novembro de 2010, em Bangkok na Tailândia,
apontou o caminho para o futuro na luta contra a corrupção: o
movimento anticorrupção internacional decidiu dar nova ênfase ao
combate à corrupção, mobilizando a sociedade civil, os setores privado
e público e as novas gerações. Para tanto, é preciso novas idéias e,
mais importante, uma interação intensa entre todos esses setores.
Entre outras questões importantes para a prevenção e o combate à
corrupção, o evento vai discutir novas formas de incentivar a promoção
de mais transparência sobre os gastos públicos e ampliar a
participação social no controle desses gastos e nas decisões de
governo.
Para mais informações visite o site da conferência no endereço:
http://www.15iacc.org
Obs: Extraído do Ementário de Gestão Pública - Paulo Grazziotin.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

CREUZA, A PÁVULA.

Dona Fulaca estava terminando de preparar uns peixes que seu Filismino pegara no cacori, enquanto isso, Juca, em pé nas proximidades olhava sua Mãe riscar alguns jaraquis. Tinham ituís, duas ou três pescadas e um belo piranambu, ao todo, uns três quilos de peixe.
Diquinha atiçava o fogo e seu Filismino foro tomar banho.
Mas Juca – disse D. Fuluca – tu sabe quem chegu de Belém?
- Não Mamãe, quem foi? Respondeu Juca.
- A Creuza.
E quem é Creuza Mamãe? Indagou Juca.
- Mas a filha da cumadre Dicota e du Cumpadre Zé Pongó, aquele qui mora ali abaixo da buca du Paricatuba, naquela enseada.Respondeu D. Fuluca.
Ah, sim, lembro..E daí?
Meo filho, o qui é verdade mande Deus que se diga: a piquena tá pávula, tá pávula, que só vendo. Eu tava sentada naquele banco du João Ramos cum o Diquito Prego e o Cumpadre Pongó, isperando a Diquinha qui tinha ida cumprar uma quarta de café e meio quartilho de querosene e quando eu vejo, lá vem a Creuza, ali da banda da rampa, aquela qui us Abaiteuaras encostam com us potes pra vender.Disse D. Fuluca.
- Eu sei.
- Puis é, ela chegu e nem tumu bença, eu, calada estava, calada fiquei. Meo filho, a piquena tava cum vistido tão apertado qui dava pra ver a marca da carçinha dela, um vistido gitito mesmo. Tuda hora ela ajeitava u cumprimento du vistido, puxando pra baixo, eu num intendo porque essas piquenas compram um vistido tão curto pra despuis ficar puxando, porque num compram no cumprimento certo? O Diquito ficava só olhando pra ver se via arguma cuisa. Pra cumpretar ela tava de sapato arto e de zóculos, mas mano, ela ficu tudo tempo se tariando pru salto não entrar na greta da tábua da ponte; o zóculos, era tão grande que parecia um zolho de tralhoto e num parava de ajeitar, era  um haver de acerta zóculos, joga u cabelo pra trás, ispia pru lado pra ver se arguém tava ulhando, era uma pavulage só!.
- Mas Mamãe, ela frisou o cabelo não foi? Perguntou Diquinha.
- Mea Filha, eu num me alembro cumo era u cabelo da Creuza.
- Mamãe, o cabelo dela era liso, a Senhora não lembra? Disse Juca.
- Antão pintu, porque tava tali quar um murrão de argudão que teu Pai faz pra calafetar a muntaria. Falou D. Fuluca
Coma assim Mamãe? Indagou Juca.
Meo filho, Tava tudo inrrolado e vermelho, parece us murrões pintados cum zarção - creio em Deus Pai!
- Despuis ela tiru o zóculos e deu pra ver a imissidade de pintura que ela tava usando. O zolho tinha uma berada pintada de azur e por cima meio marrom, mas meo Filho, quando ela piscava a pele ingilhava e isticava, qui cuisa feia, mar cumparada, parecia um fiofó de galinha.
- Mas Mamãe, a Senhora já viu isso? Perguntou Juca.
- Ora Juca, eu num vi, mas dá pra carcular. Respondeu D. Fuluca.
- Nu rosto ela passu tanto ruge, qui Deus me perdue, parecia uma visage, uma visage! O Diquito, aquilo qui é pessimismo em pessoa, só ulhava.
Despuis, u cumpadre Pongó disse qui ia imbora e a Creuza, foi de sapato arto até na cabeça da ponte. O Diquito, aquele peste, pois desceu dizendo que ia impurrar a muntaria que istava inseca, mas quar nada, ele fui ispiar a Creuza passando por riba da ponte, aí ela ficu imbatucada, num sabia se olhava pro chão pra livrar o sarto da greta da tábua ou fechava a perna pra evitar que o Diquito visse arguma cuisa, foi muito istorde a situação.
- Mas Mamãe, porque a Senhora lembrou disso agora? Indagou Juca.
- Meo Filho, é que eu alembrei da cumadre Dicota; nu panero do cumpadre Pongó, tinha uns tres maparás sargados, daqueles que vem de Cametá e uma cambada de tamuatá du gelo, agora tu carcula a Creuza cum aquela pavulagem tuda, cumendo peixe pitiu nu armoço e na junta, num tem istrato que dê jeito. A num ser qui ela tome um chibé, um mingau branco ou como duis uvu cozido, aí eu quero vê aquela pavulage tuda. Disse D. Fuluca.
- É Mamãe, mas de fome ela não vai morrer - Respondeu Juca.
- E a bóia sai ou num saí? Perguntou seu Filismino que chegara do banho.
- É pra já – Disse D. Fuluca - Diquinha, mea filha, me pega duis limãozinho pra temperar isti pexe e pega umas pimentas pru teu Pai, anda piquena. Mas gosta de iscutar cunversa, mas já gosta.
Causos do sítio.

28SET2011.

terça-feira, 20 de setembro de 2011


CHEGADA DO ARARI.

Eram aproximadamente tres da tarde, Dona Fuluca soprava as brasas embaixo de alguns sacaís para aumentar o fogo e assim, fazer o café da tarde. Juca aguardava em pé junto ao jirau para, então, ir apanhar o açaí pro bebe. O almoço tinha sido uns jejus salgados com vinagreira. Ainda tinha uma rebarba de capivara que seria assada para comer com açaí à noite.
Diquinha, que tinha ido no porto buscar água num balde de cuieira, gritou alegre:
- Mãe, olhe quem vem lá na volta do igarapé!
- Quem é antão piquena? Disse Dona Fuluca.
- É o Papai.
- Humm! Dexa ele chegar, eu quero proguntar pra ele o que ele viu nu Arari que esqueceu de vortar, pensei que argum tuiuiu tinha ingulido ele ou antão tinha sido mundiado por arguém ou será qui já tava amasiado cum arguma corna? Dexa ele chegar.Disse Dona Fuluca.
Mas Mamãe deixe de ficar cismada, que aleve, a senhora sabe que o Papai estava trabalhando e ele não faria isso. Respondeu Diquinha, colocando a água no pote, antes, cuidou de por um saco, que fora usado para embalar sal, após ter sido lavado e dobrado em dois, para coar a água.
Juca largou o cobó, o paneiro e dirigiu-se ao porto para aguardar o Pai e ajudar amarrar o reboque no mará. Em questão de minutos, o reboque com seu Filismino e seu irmão Laurindo, após passar o mangueiro grande encostou lentamente.
Ei parente… Falou seu Laurindo.
-  Uuuuuui! Respondeu Juca, bença Pai, bença Tio. Disse Juca.
- Deus te faça feliz, disseram os dois irmãos uníssonos.
- Como estão todos por aí? Perguntou Seu Filismino.
- Zinho assim, assim, a Mamãe que está numa consumição só com a sua volta, se prepare que ela disse que vai dar-lhe uma descompostura pela demora. Respondeu Juca.
- Dexa ela comigo, eu trouxe uma coalhada de leite de bufalo, uma carne especial e uns apaiaris salgados, quando ela pruvar a coalhada, comer a carne  e o peixe assados com açaí, ela amansa num é, Laurindo?
- E num é antão…Ainda mais misturada com saudade, mas credo! Respondeu Seu Laurindo.
Juca, deu uma espiada e notou que o iapá do toldo já estava quase todo esbandalhado, a poronga jogada no fundo do batelo não prestava pra nada, a panacarica também pra nada servia, a bilha quebrada e Seu Fislimino com uns arranhões no rosto parecia que tinha se agarrado com um jacaré-açu.
- O que foi que aconteceu então com voces, lutaram com a Boiúna? Indagou Juca.
- Pois é – responde Seu Laurindo – Num foi o Bezouro onti a noite, que quase nos põe nu fundo alí abaixo do Mutá, acho qui o cumandante estava avoado. Demos sorte de num ter pegado na ilharga du bote, fui só de cumprido a batida, senão, nós num estavamos aqui cunversando, num foi Felismino?
É, a bordoada foi feia, me jugu a forqueta no perau, o faia quebru, jugu o fogão n’água,  quebru a bilha e ainda abriu um rombo na rudela, ali do lado direito du gaviete, o jeito foi por uma camisa pra tapar o buraco, dá uma espiada.Istis arranhão fui tentando salvar as cuisas. Disse Seu Felismino.
Juca olhou e disse: - É mesmo, mas por um lado foi bom porque agora a Mamãe, depois de saber disso esquecerá a pinimba que estava criando com essa viagem.
Nisso se aproximam Dona Fuluca e Diquinha. Enquanto Diquinha dava uma olhada na carga que estava no batelo, Dona Fuluca, não perdeu tempo:
- Mas tu num tem vergonha mesmo, heim Filismino? Além de te agarrar com essas piquenas de Cachueira, essas ufiricidas, ainda vem tudo agatanhado pra casa, parece tudo curubento. Tu sabe u qui é bom pra isso? É vergonha nessa cara dislambida, mas dexa ti istá, eu curo essa senvergonhice cum limão galego, dexa ti istá...
- Mas minha Flor, tu num dexa nem eu falar, diz pra ela Juca o que aconteceu.
Após Juca ter explicado direitinho o acontecido, Dona Fuluca, mais calma, olhou para Seu Filismino e disse:
 - Mas credo! Esconjura, parece que tava adivinhando qui arguma cuisa ruim tava acontecendo, ainda bem que voces estão bem. Vamos sartar pra fazer uma afumentação, passar uma andiroba nesses baques e emprastar, cumpadre o sinhô também, o Juca i a Diquinha tiram os teréns du batelo, voces aproveitam pra beber um café com beijú que eu fez agora, tá fresquinho.
- Mas minha flor eu trouxe uns mimos pra ti. Disse Seu Filismino.
- Depuis, depuis, vamu vê premero esses baqui e curar eles porque pode virar uma pustema, aí num tem santo que dê jeito, vamu, vamu, premero a saúde depuis o resto.
Juntos, seguiram por cima do meritizeiro que servia de porto e Dona Fuluca na frente, apressada, de vez em quanto olhava pra trás para verificar se estava sendo seguida, enquanto Juca e Diquinha cuidavam para descarregar a embarcação.
Causos do sítio.

20Set2011.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

EXTRATO DO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO(DOU).

 GOVERNANÇA. Decreto s/nº de 15.09.2011 (DOU de 16.09.2011,
S. 1, ps. 9 e 10) - institui o Plano de Ação Nacional sobre Governo
Aberto, o qual contemplará iniciativas, ações, projetos, programas e
políticas públicas voltados para: a) o aumento da transparência; b) o
aprimoramento da governança pública; c) o acesso às informações
públicas; d) a prevenção e o combate à corrupção; e) a melhoria da
prestação de serviços públicos e da eficiência administrativa; f) o
fortalecimento da integridade pública. Pelo art. 3º deste auspicioso
normativo, fica instituído o Comitê Interministerial Governo Aberto
(CIGA) com a finalidade de: orientar a elaboração, a implementação, o
monitoramento e a avaliação do Plano de Ação Nacional sobre Governo
Aberto; propor ações prioritárias a serem implementadas no curto prazo
no âmbito do Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto; promover a
articulação intragovernamental necessária à execução das ações
conjuntas, troca de experiências, transferência de tecnologia e
capacitação no âmbito do Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto;
identificar ações de pesquisa e desenvolvimento necessárias no âmbito
do Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto. Parabéns àqueles que
propugnaram por tão importante iniciativa, no âmbito do Governo
Federal!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

ELEIÇÕES.

COMENTÁRIO.

Em 2012 teremos eleições municipais em todo Brasil, em Ponta de Pedras a disputa já começou. Os candidatos já estão em campanha.
 Seja anunciando sua intenção claramente através de pequenas mensagens no rodapé dos e-mails, acrescentando alguma sigla ao final do nome, através de seus cabos eleitorais ou tendo atitudes próprias de políticos em anos pré-eleitorais, o certo é que, os nomes aos poucos estão surgindo. Acho que já temos em mente os possíveis candidatos.
Considerando apenas os pretendentes ao Cargo de Prefeito de Ponta de Pedras, podemos deduzir alguns postulantes ao cobiçado Cargo:
a)     Sr. Pedro Paulo Boulhoso, atual Prefeito - em virtude de poder ficar no Cargo por mais quatro anos, deverá tentar a reeleição e, certamente será um forte candidato. É um direito que lhe assiste, portanto, deve se candidatar ou lançará alguém para substituí-lo na Prefeitura. A grande vantagem em relação aos demais é a possibilidade da exposição na mídia por mais tempo, haja vista que, tem a máquina administrativa municipal a seu favor, com inúmeras possibilidades de obter algum benefício sem cometer nenhuma arbitrariedade;
b)    Sra. Consuelo Maria da Silva Castro, ex-Prefeita - pelo desempenho anterior à frente da Prefeitura, provavelmente não se canditará, a não ser que seja ignorado o relatório da CGU, mas deverá apoiar alguém.
c)     Sr. Miltom Malato - em 2008, teve 45,91% dos votos válidos, muito próximo do Prefeito atual que obteve 53,23%, novamente, deverá colocar seu nome à disposição do eleitorado;
d)    Sr. Charles Shan – foi o Vereador mais votado de Ponta de Pedras em 2008, com 5,68% dos votos, poderá querer enfrentar as urnas e;
e)      Correndo por fora, o Sr Luizinho Costa, que foi candidato a Deputado Estadual na última eleição já afirmou que será candidato.
Em conversa com Pontapedrenses tudo indica que ainda teremos outros candidatos, contudo, certamente haverá bem poucas alterações. Estamos longe da escolha mas não custa nada lembrar que quanto mais se conhecer o candidato MELHOR. Pode ocorrer que, nenhuma dessas pessoas venha se candidatar, no entanto, se forem candidatos, você já estará preparado para fazer a melhor escolha.
Pense nisso.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011


NOSSO CÍRIO SE APROXIMA.

A partir de hoje, dia 07 de setembro de 2011, faltam exatamente 81 dias para que seja comemorado o Círio/2011 de Nossa Senhora da Conceição, em Ponta de Pedras.
Como qualquer festa que realizemos, seja aniversário de criança,  batizado, casamento ou qualquer outra festa, o êxito, depende muito de um bom planejamento. Os preparativos começam bem antes, nosso Círio não seria diferente.
Certamente a Comissão Organizadora do Círio está trabalhando a todo vapor, tentando melhorar os pequenos deslizes dos anos anteriores e preparando a Cidade para esse grande acontecimento anual.
Seria bom lembrar que essa, ao contrário de batizados, aniversários e casamentos, não é uma festa de uma pessoa ou de uma família, é festa de uma Cidade, onde todos têm interesse no pleno sucesso. Alguns pensam que somente a Prefeitura seja a responsável por tudo. Lerdo engano. Toda população deve estar empenhada em apresentar bem a Cidade, de tal forma, que cada Círio seja sempre melhor do que o do ano anterior.
Já citei algumas deficiências que na minha modesta opinião ocorreram ano passado e que poderiam ser minimizadas este ano (veja em recados para Ponta de Pedras). Naquela oportunidade, também dei algumas sugestões, contudo, os organizadores poderão ter outra visão.
O importante é que todos que de alguma forma estejam envolvidos nos preparativos da festa, planejem com uma certa antecedência e tenham consciência de que as pessoas que irão à Ponta de Pedras, certamente, esperam encontrar uma Cidade preparada para recebê-los. Para isso, os organizadores não poderão esquecer de atentar para alguns pontos, tais como:
a)     Acomodações – os organizadores deveriam se reunir com os proprietários de hoteis e pousadas para que essas instalações estejam com boa apresentação de higiêne e conforto;
b)    Bares e restaurantes – devido a grande frequência de usuários, os bares e restaurantes devem ter uma atenção especial, principalmente quanto ao item saúde. A Secretaria de saúde poderia fazer uma inspeção e emitir uma notificação para que o estabelecimento se prepare adequadamente, caso alguma anormalidade seja constatada, tendo atenção para os banheiros;
c)     Percurso da procissão – alguns membros do Legislativo, por exemplo, poderiam fazer o percurso da procissão e verificar se está tudo em ordem e nada oferece perigo aos romeiros que acompanharão o Círio, poderá ser verificado valas que estejam sujas e poderão estar contaminadas, alguma calçada que ofereça perigo e passível de contribuir para um acidente;
d)    Transporte dos romeiros – verificar se o planejamento do transporte dos romeiros está de acordo com as previsões de visitantes;
e)     Abastecimento – verificar se o abastecimento da Cidade está  coerente com as expectativas dos organizadores;
f)      Distribuição de vendedores ambulantes – redistribuir os vendedores ambulantes adequadamente, posicionando brinquedos numa área, doces em outra, artesanato em outra e comidas em outra, tendo o cuidado para deixar as calçadas livres para os transeuntes;
g)     Viaturas policiais, ambulância e taxis – estabelecer um local para as viaturas policiais ficarem estacionadas durante as noites, assim como ambulância e taxis, uma sugestão: talvez ao lado da igrejinha fosse uma boa.
h)    Organização do trânsito – cabe a Prefeitura organizar o trânsito nos municípios, assim, baixar portaria para que durante a festa, pelo menos à noite, seja proibido o trânsito de qualquer veículo ali pela pracinha, isolar aquela área à passagem de veículos;
i)       Divulgação – procurar fazer campanhas nas rádios e nas escolas da Cidade para que a população colabore com os organizadores no que for possível, principalmente mantendo a Cidade limpa;
j)       Limpeza dos locais públicos – organizar equipe para limpar a pracinha, principalmente ao término do movimento diário, para que tenha boa apresentação no dia seguinte, dispor sacos para coleta de lixo. Verificar a limpeza do Mercado Municipal, da feira e da orla em frente a Cidade, bem como desses prédios que ficam de frente para a pracinha, solicitar aos proprietários que melhorem a aparência dos mesmos, se necessário.
Embora pareça desnecessário, a organização de qualquer evento dessa importância requer um bom planejamento, feito com antecedência e abrangendo o máximo possível de detalhes. A preocupação com itens aparentemente sem importância farão a diferença na hora de verificar se tivemos sucesso ou se o evento não passou de mais uma festa para cumprir a rotina anual, sem maiores pretensões.
Pensem nisso. 

 
  

terça-feira, 6 de setembro de 2011

EXTRATO DO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO:

Decreto nº 7.559, de 01.09.2011 (DOU de 05.09.2011,
S. 1, ps. 4 e 5) - dispõe sobre o Plano Nacional do Livro e Leitura
(PNLL).

É importante que os municípios procurem
conhecer o teor do Decreto porque contém
inúmeras oportunidades que poderão contribuir
para desenvolver o hábito da leitura. 
06/09/2011.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

LEMBRANÇAS DO CÍRIO DE TEMPOS ATRÁS.


Quando eu era gito lá pelo Giticateua, nesta época, já estávamos nos preparando para o Círio que acontece em Ponta de Pedras todo último domingo de novembro. Era o momento de verificar se o sapato ainda calçava bem ou se estava apertado, se as roupas zinhas assim, assim, não estavam puídas e, se fosse o caso, ir à Belém comprar. Era o momento de economizar para, quem sabe, comer uns rebuçados ou umas cocadas, talvez um tacacá da Malacafenta (Tia Santana) ou um mingau da Tia Sofia; um pastel da D. Palmira que o João Francisco, depois o Lázaro e o Gibué tornaram famosos pelos recheios generosos e um pouco apimentados.
Durante os festejos do Círio, vários acontecimentos ocorriam.
A molecada, essa, de vez em quando sumia. Não era preciso preocupação, não tinha traficante, droga não passava de uma simples palavra que era pronunciada quando esquecíamos alguma coisa no sítio, mutamba, por exemplo, ou o sapato que estava um pouco apertado porque estivera dentro de um paneiro pendurado no caibro por muito tempo e ressecado não cabia mais no pé, só molhando. Para encontrar a molecada, era muito fácil, bastava ir ali ao lado da casa Tavares, num capinzal junto ao trapiche municipal que a turma estava lá, lutando, suados e depois vinham reclamar da comichão, muitos com os cabelos grudados com chicletes, para tirar só pelando o moleque.
E os rapazes e moças? Bom, esses era um caso à parte.
Após os estouros dos foguetes feitos pelo seu Otávio, tinha início a missa, celebrada na igrejinha, onde a simpatia do padre Guido cativava. Finda a missa as moças saiam para passear, rodando na calçada da pracinha que fica em frente da igreja. Esse passeio era no mesmo sentido, geralmente no sentido contrário ao movimento dos ponteiros do relógio, era organizado direitinho, era uma questão cultural. Algumas moças, mais traquinas, saiam de casa depois da ladainha, o certo é que a pracinha ficava cheia. inúmeras moças bonitas, com vestidos ou saias com cinturinhas finas, corpetes, tudo muito discreto, diria mesmo simples, porém bonitas, prato cheio para a rapaziada que ficava paquerando, em pé, só abicorando.
Os rapazes vestiam-se da mesma forma, simples, com calças de linho ou outro tecido semelhante e camisas de pano. Calças e camisas compradas prontas eram pouco usadas. Ainda tínhamos inúmeras “costureiras de  mãos cheias”, a Tia Andreina era uma delas. nessas ocasiões estava cheia de encomendas, não tinha tempo.
Quem já tinha sua pequena passeava de mãos dadas e aproveitava para impressionar um pouco, pagando um sorvete no King Bar ou mesmo um Guarasuco, nada de escurinho. Uma volta pelo trapiche era permitida, além de romântica. 
As festas tinham início após às vinte e três horas, enquanto isso, passeávamos aguardando o horário do leilão em que seu Ioiô Monteiro, leiloava as prendas que ficavam em cima de uma mesa, em frente a Igreja. O leiloeiro andava a praça toda oferecendo o objeto, passava entre uns bancos de madeira que existiam próximos ao coreto e algumas cadeiras ou bancos tipo mocho que os moradores traziam de casa para sentar enquanto acompanhavam o leilão. Enquanto isso, o Cláudio Boulhosa alegrava por ali contando piadas e divertindo quem estivesse por perto. O seu Miguel Jarana, sentado no banquinho dele conversava e frequentemente  levantava para dar uma olhada na praça. O Imérito servia o seu tradicional cafezinho. O Fandango, com seu cigarro divertia a turma contando alguma lorota.  O Capivara, Malva, Nalziro e Maximino ficavam ali pelo Pedro do Bidi ou seu Lindolfo, tomando umas e o João, ficava lá na “cabeça do trapiche”, às vezes sozinho ou conversando com algum desgarrado que estivesse por ali. O Seu Arlindo C. de Pedra não parava, era de um lado pra outro inquente.
Terminado o leilão, a Banda da Polícia Militar iniciava um belo dobrado, o Bararu, meu Pai, se aproximava para ouvir bem o clarinete e depois comentava comigo: - Mas é boniiito!
O relógio da igreja, que nessa época funcionava bem, dava as onze badaladas, era hora de rumarmos nosso barco na direção do Carnapijó. Com o dinheiro economizado no bolso, lá íamos nós, porque a Joana Lhaqui nos esperava.
Logo depois o motor da usina era desligado, a luz apagava e o silêncio voltava a reinar em Ponta de Pedras. Somente o picarpe denunciava que o pessoal se divertia e os poucos que perambulassem pelas ruas sentiam-se seguros. Assaltantes? Nem pensar, o Paulo Tataíra, vestido de azul, cheio de galões e alamar amarelo, com seus subordinados, igualmentes uniformizados, alguns com divisas, viviam rondando a cidade, para nossa segurança e se encontrassem algum coçado desordeiro, entregavam para o soldado Butuvu ou Alcione por no xadrez,que ficava onde é o atual prédio da Prefeitura Municipal, evidentemente com o aval do sargento Onça, que era o Delegado.No outro dia, encontrávamos o arruaceiro com a cara mais deslambido comprando camarão no mercado e tinha início a mais um dia de festas.
Tempos bons aqueles.   


EXTRATO DO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO (DOU).

Assunto: DEFICIÊNCIA FÍSICA. Retificação dos arts. 6º e 7º da 
Resolução/ANAC nº 196, de 24.08.2011 (DOU de 31.08.2011, S. 1, p. 1) -
com muita propriedade, foi substituída a expressão “deficientes” por
“pessoas com necessidades especiais” e “pessoas com deficiência”. Por
oportuno, sugerimos a quem interessar possa que seja editado normativo
prevendo a proibição do uso, em documento oficial do Poder Executivo
Federal, da expressão “deficiente”, substituindo-a por “portador de
deficiência”, s.m.j. Várias publicações no Diário Oficial da União
contêm essa deficiência redacional, infelizmente!

- Assuntos: FPE, FPM e POPULAÇÃO. Resolução/IBGE nº 6, de 30.08.2011
(DOU de 31.08.2011, S. 1, ps. 122 a 140) - divulga as estimativas da
população, para estados e municípios com data de referência em 1º de
julho de 2011, para os fins previstos no inc. VI do art. 1º da Lei nº
8.443/1992, em cumprimento ao que determina o art. 102 da Lei n°
8.443/1992.
SEGUNDO A RESOLUÇÃO NR 6 DO IBGE, A POPULAÇÃO ESTIMADA
DE PONTA DE PEDRAS É DE: 25.838.


quinta-feira, 1 de setembro de 2011


PARABÉNS AO PREFEITO.

Recentemente lí no site www.prefeituradepontadepedras.pa.gov.br, que a Prefeitura está asfaltando as ruas da Cidade com RECURSOS PRÓPRIOS, na mesma nota, o Prefeito reclama das dificuldades para implementar uma obra dessa envergadura em função da pequena arrecadação municipal.
Acho que o Prefeito de Ponta de Pedras merece ser parabenizado.
Sei de antemão, que ao comentar sobre essa obra com alguém do Município, principalmente se não estiver satisfeito com a administração, dirá que é uma obra para caçar votos, já que as eleições municipais estão se aproximando; foi somente um álibi para desviar recursos públicos; as ruas asfaltadas logo estarão em péssimas condições porque o serviço foi mal feito e mais aqueles discursos que normalmente ouvímos sobre nossos políticos. Tudo bem, cada um tem a sua opinião, quem sou eu para discordar.
O grande mérito, para mim, não foi a obra em sí. Foi o Prefeito demonstrar que mesmo arrecadando pouco, é possível fazer alguma coisa que beneficie o povo como um todo.
Se observarmos, e isso não será muito difícil, a Prefeitura patrocinou o carnaval, levou o Banda Calypso e mais recentemente a Banda Sayonara para animar os pontapedrenses e tudo leva a crer que essas despesas foram pagas com recursos próprios, não posso afirmar porque as fontes para consultas são praticamente inexistentes.
O asfaltamento das ruas e os fatos citados, além de outros que certamente existem, deixam claro que nosso Município está com esse aspécto de abandono porque os recursos municipais não são direcionados adequadamente para as maiores necessidades da população, caso fossem, veríamos resultados mais concretos. As carências municipais são diversas, talvez o que esteja faltando sejam ações simples e corajosas para solucionar, com poucas verbas, grandes problemas existentes no município.
Pensem nisso.