sexta-feira, 28 de março de 2014

POR QUE É DIFÍCIL VERMOS MELHORIAS NO NOSSO MUNICÍPIO.




Após um ano administrando o Município de Ponta de Pedras, é difícil constatarmos alguma melhoria assinada pela atual administração. Se alguma melhoria ainda é visível, como a recuperação do prédio da Prefeitura, aterramento de algumas ruas e outras asfaltadas, mesmo com um trabalho sofrível,deve-se aos administradores que saíram em 2013. A pergunta que fica é: será que a atual administração não fez nada mesmo? Se fez é difícil constatar, mas certamente alguma coisa foi feita, ainda que seja pouco. Surge outra pergunta: por que não é visto? Não é visto porque não é mostrado. Esse fato, não ser transparente, omitindo algumas informações de interesse dos munícipes, constitui-se um dos grandes erros de inúmeros gestores, parece que têm vergonha ou temem em escrever sobre a administração, não têm interesse em mostrar o que foi feito, o que se está fazendo e o que se pretende fazer, daí, parece que nada foi feito.
Quem já gerenciou, sabe da necessidade de se gerar um relatório, geralmente um por ocasião da assunção e outro por ocasião da passagem de função.Esses documentos servirão de parâmetros para a chefia saber como foi o desempenho de quem saiu e como está aos olhos de quem entra.
Portanto, um gestor, função exercida pelo prefeito, antes de assumir o cargo, deveria reunir a equipe de transição, aquela que foi designada para “receber a prefeitura” da administração que está passando e orientá-la para “inspecionar” o município e procurar mostrar a situação em que se encontra, exatamente como fazem com o dinheiro, que é conferido e caso encontrada alguma discrepância é denunciada, chegando até aos jornais em muitos casos. Somente inspecionando e verificando a situação dos equipamentos do município a equipe que assume saberá informar o estado das escolas, ruas, transportes, prédios públicos, móveis e equipamentos das secretarias, pessoal e todos demais setores e, dessa forma, informar através de relatório para a Câmara e Comunidade como encontrou o município por ocasião da assunção da prefeitura.
Claro, nos municípios ditos grandes, com inúmeros órgãos e aqueles que apresentam dificuldades de locomoção, tal tarefa pode ser um pouco mais difícil, mas nos municípios menores, como Ponta de Pedras, com poucas ruas, onde os órgãos municipais concentram-se num pequeno perímetro, fica bem mais fácil.
Como não se tem o hábito de fazer esse tipo de documento e assim dar uma satisfação aos munícipes, de ínicio poderia apresentar alguma dificuldade na elaboração do mesmo, até porque a carência de pessoal treinado dificulta inicialmente, contudo, com o passar do tempo se torna uma rotina. O gestor ao assumir, deveria pensar numa pessoa para assumir um cargo administrativo que tivesse como atribuição elaborar documentos dessa natureza, poderia ser alguém incluído naqueles cargos de confiança, tão comum nas prefeituras. Caso já exista na própria prefeitura o problema está resolvido. Não tendo esse funcionário para coordenar esse trabalho, o gestor poderia escolher dentre os funcionários municipais, um que na sua opinião tivesse capacidade para absorver um treinamento patrocinado pela prefeitura e os conhecimentos adquiridos seriam repassados para um pequeno grupo para formar a equipe responsável pela elaboração desses documentos e posterior divulgação para a comunidade. 
Infelizmente esse documento não é exigido para os prefeitos que saem, nem para os prefeitos que assumem. Nas empresas e órgãos onde os administradores têm que prestar contas, esses documentos são normalmente exigidos. Nas prefeituras, como o patrão é o povo e tendo nos vereadores seus representantes, os prefeitos deveriam fazer esses relatórios anualmente, ali poderiam ser mostradas as conquistas conseguidas com recursos do próprio município e as conseguidas junto aos governos estadual e federal, porque, de qualquer forma, houve empenho da administração para que as mesmas fossem realizadas. Esse documento seria importante porque, além de informar a situação do município para os munícipes, possibilitaria à câmara dispor de subsídios para elaborar e acompanhar as políticas públicas já que eventuais necessidades estariam contidas no documento. As secretarias por sua vez, disporiam de um documento para servir de referência para suas tomadas de decisões iniciais e dessa forma, melhor assessorar o prefeito nas decisões para conciliar as promessas de campanha com as necessidades municipais mais urgentes.
 A Câmara, por sua vez, como representante do povo, deveria cobrar essas informações da prefeitura e divulgar para a comunidade para que todos pudessem acompanhar o andamento da administração, já que o povo é o principal interessado em acompanhar a administação municipal.
Se no final de cada ano os administradores informassem sobre a situação da sua administração, só tinham a ganhar, primeiro gozariam da confiança da comunidade, porque demostravam transparência administrativa e certamente pequenos feitos apareceriam, já que a comunidade tinha como comparar a administração do ano anterior e a atual. 

segunda-feira, 3 de março de 2014

SUGESTÃO: FESTIVAL DO AÇAÍ DE PONTA DE PEDRAS.




Nosso Município sempre foi fornecedor de açaí de excelente qualidade, inclusive, da última vez que visitei a Feira do Açaí, em Belém, fiz uma rápida pesquisa quanto a qualidade do açaí vendido na feira. Ponta de Pedras e a “Ilha das Onças” se destacaram em relação às demais regiões fornecedoras do produto.
Mesmo fornecendo açaí já há várias décadas, quem faz um festival de açaí na Ilha de Marajó, que eu saiba é o Município de Bagre. Acho que por sermos conhecidos como fornecedores de açaí de boa qualidade, deveríamos fazer um excelente festival do nosso principal produto de exportação. Talvez o que falte seja uma idéia para tirar da inércia um evento que poderá render bons frutos para o Município. Como tenho como filosofia sugerir independente da sugestão ser adotado, resolvi fazer um arrazoado sobre um possível festival de açaí que poderia ser realizado em Ponta de Pedras, vejam:
 DO PLANEJAMENTO.    
Fazer um levantamento dos batedores de açaí aí da Cidade, reuní-los num local e expor a idéia. Essa idéia, já deve ter um planejamento de como será o festival. Quais serão os benefícios que esse evento poderá trazer para os envolvidos e consequentemente para o Município, principalmente visando um possível aumento de visitantes ao Município.
a)     Uma vez aceito, propor a criação de uma Cooperativa dos Batedores de Açaí, da mesma forma, expor os benefícios de uma cooperativa. Sabemos que são muitos, inclusive a possibilidade de serem fornecedores para a própria Prefeitura; exportar açaí para Belém e se bem trabalhado, para fora do Estado ao mesmo do País.
b)    Em princípio, os expositores do produto no festival só poderiam ser cooperativados, para que o controle da qualidade fosse aferida e assim, ter-se certeza que os produtos oferecidos seriam de boa qualidade.
DO PERÍODO.
O período do festival poderá ser de três dias. Sexta,sábado e domingo em um determinado mês que seja époco de bastante açaí.
DO LOCAL DO FESTIVAL.
Escolher um bom local para realização do evento, preferencialmente calçado, como aquela rua que fica ao lado da Igreja velha ou aquela que fica em frente à AMAM ou mesmo a que passa em frente do Mercado Municipal. Se tivéssemos um local apropriado para realização de eventos, seria melhor, inúmeros municípios dispõe desse local, principalmente no Sul. Eu cheguei a sugerir a ex-serraria dos Marianos. Se fosse da Prefeitura e preparadinha, seria excelente para vários eventos, inúmeros.No local escolhido, deverá ter água e banheiros químicos para uso do povo e, se possível, o local deverá ser coberto, para ser servido almoço.

DO NÚMERO DE BARRACAS.

Dividir o festival em setores, tais como:
 a) Açaí com vários acompanhamentos (só com farinha d’água/tapióca, com camarão frito, com peixe frito/assado, com pirarucu assado/frito, com carne seca assada/frita,  etc);
  b) Doces feitos com açaí. Os organizadores procurariam receitas que utilizam açaí na elaboração (disponíveis internet) ;
  c) Bebidos feitas com açaí, principalmente licores e outras fórmulas muito usadas, principalmente no sudeste e no sul do país; e
  d) Elaborar pratos que contenham palmito de açaí como ingrediente principal.
Se fizessémos três barracas para cada ítem, seriam doze barracas, um número considerável. Como uma Cooperativa deve ter um mínimo de 20 cooperativados, deveria ser feito uma sociedade para aqueles que quizerem e não tiverem seus nomes escolhidos para ter uma barraca.Outra alternativa é realizar um sorteio para escolher os 12 contemplados para utilização das barracas ou outro acordo.
APOIOS DIVERSOS:
d) Rainha do festival. As candidatas seriam obrigatoriamente filhas da terra;
e) Baile com um bom conjunto, como foi o do Orlando Pereira, pelo Carnaval. Essa festa seria num bom local, com mesas vendidas e nesse evento o Prefeito abriria o festival ou abriria o festival numa sexta e após às onze horas seria o baile;
f)Prêmio para a melhor barraca, sendo um prêmio para cada setor porque uma boa torta não pode concorrer com açaí com pirarucu, os dois são deliciosos, mas são muito diferentes;
g) Organizar paralelamente shows, como música ou folclore para prender a atenção do público;
h) Próximo ao local do festival, disponibilizar um local, bem organizado para a venda de artesanatos. Esse local deverá ter pequenas barracas padronizadas;
i) Ter umas pessoas, preferencialmente do sexo feminino para orientar e prestar informações sobre os eventos que estarão acontecendo simultanêamente; e
j) Consultar alguém que entenda de organização de eventos, se necessário.

 DOS RECURSOS.
A Prefeitura poderia arcar com as despesas de mantagem, prêmios e contratação do conjunto, se bem que, com as vendas das mesas e com a verba arrecadada na festa, os gastos da Prefeitura seriam bastantes amenizados. Para os anos seguintes, esse evento poderia ser incluído em algum projeto para obtenção de apoio junto ao Ministério do Turismo, inúmeros municípios obtém verba do Governo Federal até para construir local para fazer eventos culturais.

DA DIVULGAÇÃO.
Poderia ser espalhado faixas pela cidade, afixar cartazes nas embarcações e tentar divulgar na mídia em Belém.

DO RETÔRNO.

Ao final do evento, o Coordenador deve preparar um relatório onde conste as eventuais falhas e os pontos positivos. Elaborar balancete onde seja demonstrado se o festival apresentou algum lucro ou quanto foi o prejuizo para a Prefeitura e apresentar sugestões para servir de subsídios para o próximo festival.
Pode ser que nos primeiros festivais não se tenha um retorno em grandes proporções, contudo, se bem planejado, executado e coordenado o retôrno poderá ser significativo nos anos seguintes e passará a fazer parte do calendário de eventos da Cidade, já com olho na futura inclusão do Municipio na lista de Municípios com Potencial Turístico e abrindo portas para futuros projetos turísticos maiores.