terça-feira, 5 de maio de 2020

ENQUANTO NÃO SE CONSTRÓI UM HOSPITAL DE CAMPANHA EM PONTA DE PEDRAS.



O meu Município, Ponta de Pedras, provavelmente está atravessando um dos períodos mais difíceis da sua história. O coronavírus chegou avassalador e o sistema de saúde do município não estava preparado para atender uma grande demanda. Como sempre acontece, diante de grandes necessidades da população, os administradores “Põe a boca no trombone” pedindo socorro para o Governo do Estado, como se a administração municipal não tivesse a OBRIGAÇÃO de prever necessidades futuras, principalmente em saúde. O hospital não tem os equipamentos minimamente necessários para atender os munícipes numa emergência, imagino que os responsáveis pela boa aplicação do dinheiro público, pensem que a doença espera até o paciente chegar em Belém, mas como já constatamos diversas vezes e vemos agora, isso não acontece.
Agora, nesta crise, vemos diversos pedidos para a construção de um hospital de campanha em PP, mas devemos levar em conta que é praticamente impossível o governo construir um hospital temporário em cada município. Embora a necessidade seja evidente, temos mais de 5.700 municípios e a maioria está vivendo a mesma crise, dessa forma, o dispêndio de verba seria considerável, portanto, é difícil atender a todos. Para minimizar o problema, o Governo Federal procura construir esses hospitais temporários em locais onde possa atender mais de um município, como é o caso de Águas Lindas de Goiás, para atender Goiás e Brasília. Nesse ponto, pode-se dizer que PP é privilegiada, pois está perto de Belém, Soure e Breves, onde tem e estão instalando hospitais de campanha, o problema seria transportar rapidamente o paciente até esses lugares. Ponta de Pedras recebeu recentemente um catamarã para fazer parte do sistema de saúde do município, essa embarcação poderia ser mantida preparada para transportar eventuais pacientes que necessitarem um atendimento mais especializado. Por muitos anos trabalhei nesse tipo de embarcação e posso afirmar que, a Agência Flutuante Ajuri, da Marinha, é relativamente rápida. Quando necessário, uma viagem Belém – Ponta de Pedras, levava uma hora e meia. Não cheguei a fazer viagem Ponta de Pedras – Breves e nem Ponta de Pedras – Soure. Essa deve ser uma possibilidade a ser considerada na hora de uma emergência, pois ficar apenas pedindo a construção de um hospital de campanha, que possivelmente não acontecerá, sem ter um plano alternativo, é se preparar para o pior.