segunda-feira, 26 de agosto de 2019

POR ONDE ANDARÁ O B/M RAIMUNDO MALATO?




Certa vez passei ali pelo Furo da Mucura e cruzamos com o B/M Raimundo Malato, essa foto registra o momento. Essa embarcação já prestou muito serviço aos meus irmãos ponta-pedrenses e hoje, não sei por onde está e nem como está. Mas esteja como estiver, é bom lembrarmos como um administrador pode selecionar dentre as várias necessidades, aquelas que serão mais uteis para a população, principalmente quando não se tem recursos para resolver todos os problemas que atingem os munícipes. Hoje constatamos outras embarcações mais modernas que fazem o transporte de carga e passageiros para Ponta de Pedras, mas, pelo que tenho acompanhado, parece que está longe de deixar a população satisfeita. Não sei não, mas se o Raimundo Malato tivesse sido bem conservado, ainda poderia estar prestando algum serviço para os moradores do município, quem sabe até servindo como uma escola flutuante, onde pudesse levar conhecimento para aquelas pessoas que nem sempre podem se deslocar até a sede do município, principalmente os mais jovens. Uma ação como essa, levar informação e conhecimento para as pessoas, certamente fará uma grande diferença entre o hoje e o amanhã, tal como o Sr, Antonico imaginou quando mandou construir o Raimundo Malato e criou a banda de música, mesmo com poucos recursos. Os governantes atuais dificilmente conseguem imaginar algo que não dê visibilidade imediata e com isso, possibilitar angariar alguns votos para uma próxima eleição. É triste, mas essa é a realidade.

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

NECESSIDADES DO MEU POVO.

NECESSIDADES DO MEU POVO.
Os futuros candidatos a Prefeito de PP já estão em campanha e não demora muito aparecerão os planos de governo, papelotes com inúmeras promessas que logo são esquecidas, caso o candidato seja eleito. Eu não mora em PP, não por vontade, mas sim por circunstâncias, contudo, acompanho ainda que parcialmente a vida política do meu município, apesar das informações serem vasqueiras, pois os políticos ponta-pedrenses ainda não conseguiram se adaptar às facilidades que hoje existem para se divulgar os municípios e os feitos dos políticos, quando esses têm algo para mostrar.Como sou do interior, pois nasci no Igarapé Giticateu, tenho observado que nos planos de governo, de um modo geral, os candidatos fazem promessas considerando as necessidades constatados apenas na sede do município, o interior geralmente fica esquecido, dando a entender que a pessoa que mora fora da sede não tem necessidade. Eventualmente vemos alguma obra numa comunidade, mas não tenho conhecimento de nenhum serviço de limpeza de um igarapé, por exemplo, para facilitar a passagem das embarcações das pessoas que usam o igarapé como via para ir e vir para casa. Será que essas pessoas não precisam da ação do poder municipal ou será que eles não têm necessidade? Cito um exemplo presenciado por mim: numa das minhas viagens a PP, fui passar um dia no interior e para chegar-se à casa onde fiquei, temos que usar um igarapé. Durante a minha permanência no local, a dona da casa precisou ir a PP fazer compras, saiu com a maré cheia e quando voltou, já com a maré vazando, relativamente baixa, não foi possível chegar até ao porto, pois os vários troncos e árvores caídas no leito do igarapé impediram a passagem da embarcação. Para ficar mais próxima da casa, foi necessário a pessoa descer da embarcação e "puxar" a mesma para ultrapassar as árvores, deixou a embarcação amarrada e foi pela lama até a sua casa, com as compras na cabeça. Será que se o poder municipal fosse na localidade com uma motoserra e cortasse a árvore caída não facilitaria a vida da pessoa? Mas não ficou por aí, durante a volta, com a maré cheia, os galhos das árvores dificultavam muito a navegação, fazendo com que a todo momento o motor fosse reduzido para se fazer a manobra para preservar a segurança dos passageiros,pois algum galho poderia ferir alguém. Talvez se os galhos fossem podados, a navegação ficaria bem mais fácil e segura. Não estou dizendo que o poder municipal tenha que resolver todas necessidades dos moradores de PP, mas que, de vez em quando, olhe para as pessoas que residem fora da sede do município, principalmente aqueles mais isolados, porque eles também votam, pagam impostos e portanto, devem ser aquinhoados com os serviços prestados pelo poder municipal, isso não é um privilégio, é UM DIREITO.

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

O PROBLEMA DAS CALCINHAS..
No vídeo abaixo, a Ministra Damares tenta explicar a polemica sobre a sua fala em relação ao Marajó em que afirmou "Especialistas chegaram a falar para nós que as meninas lá são exploradas porque elas não têm calcinhas, elas não usam calcinha porque são pobres”.". Certamente não foram as palavras adequadas para citar um dos problemas existentes nos municípios marajoaras, ela foi apenas infeliz e demonstrou ter pouco conhecimento da realidade dos municípios brasileiros, pois se conhecesse, não teria citado palavras de outra pessoa, conforme ela mesmo afirma. Quem é do Marajó como eu e já visitou 14 municípios da ilha, faltando apenas Afuá e Chaves para conhecer os 16, sabe que não serão fábricas de calcinhas que irão resolver os problemas do povo marajoara, embora se forem instaladas 16 fábricas, uma em cada município, seria ótimo. Como vivemos num país capitalista, provavelmente nenhum empresário fará isso com os seus recursos, pode sim, investir com dinheiro do governo e aí o próprio povo pagará a conta. Levar o Programa Minha Casa Minha Vida não me parece algo inusitado na região e me parece um pouco estranho porque, se os pais de família não têm dinheiro para comprar calcinhas para as suas filhas, como pagarão as prestações da casa própria? É bom, mas pode resolver um pequeno problema e criar um bem maior. Inúmeros Programas de governos tentando obter respostas imediatas para os problemas do Marajó já foram tentados e o Marajó está aí, no mesmo, será que agora teremos mais desperdício de dinheiro do povo? Vamos aguardar. As pessoas que não gostaram da fala da Ministra, deveriam apresentar ideias que pudessem melhorar a vida dos marajoaras, não de imediato, pois as soluções imediatas são passageiras, seria bom tentar abordar os problemas na origem para daqui a uns anos obter os resultados e daí em diante o Marajó ir melhorando aos poucos, mas não vi nenhuma liderança marajoara comentar nada, não li nenhuma opinião de prefeito nem vereador dos 16 municípios, mas suponha que cada marajoara tenha uma ideia para ajudar os seus irmãos. Se eu pudesse conversar com a Ministra, eu diria para ela que o Marajó até precisa de dinheiro e isso ajudará muito a enfrentar problemas imediatos, mas não será sustentável porque ninguém vai ficar dando dinheiro para ninguém eternamente, a única riqueza que é eterna é o CONHECIMENTO, esse sim, acompanha a pessoa ao longo de toda a vida e quem tem conhecimento e faz um bom uso, não precisa de ajuda de governo, pois o conhecimento é ferramenta mais que suficiente para a pessoa conseguir recursos para sobreviver. A Ministra deveria pensar nisso.https://observatoriog.bol.uol.com.br/noticias/2019/08/em-video-damares-fala-sobre-a-polemica-das-calcinhas-para-evitar-estupro-e-desafia-fafa-de-belem?fbclid=Iw