segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

PRACINHA DE PONTA DE PEDRAS E SEUS OCUPANTES.

Quando jovem, eu costumava ir em Ponta de Pedras por ocasião do Círio de N.S.da Conceição, padroeira do Município. Ali era um lugar onde as pessoas, principalmente as moças e rapazes costumavam passear, alguns formando pares, como namorados, outros apenas conversando e a maioria apenas passeando. Andavam em torno da praça, geralmente no sentido contrário ao ponteiro do relógio. Aqueles que não queriam passear, de um modo geral, ficavam parados só apreciando o desfile que ocorria ali, principalmente após a ladainha, era muito bonito. Os vendedores, que não eram muitos, costumavam se posicionar fora da calçada da praça; os carros eram poucos e as pessoas podiam conversar sem gritar, visto também não existirem os “megas” da vida. Ponta de Pedras era uma Cidade excelente para se passear, quem viveu essa época deve lembrar.
A população aumentou, a Cidade cresceu e os administradores municipais, permitiram que as pessoas fossem tomando conta da praça sem nenhum ordenamento. Os vendedores instalaram os seus diversos pontos de vendas em qualquer lugar, alguns fixaram seus pontos de vendas como se aquele pedaço da praça fosse de sua propriedade e ninguém se incomodou com isso e mais, fizeram instalações conforme bem entenderam e mais uma vez a administração municipal ficou alheia, nem se importou. Hoje, quem visita a Cidade e teve a felicidade de ter visto a pracinha de outros tempos, além de se admirar, fica saudosa e triste por terem permitido que aquele espaço que servia de local para as pessoas passearem, tenha se transformado no que é hoje, um local tomado por vendedores que não estão nem ai para a Cidade. A foto abaixo ilustra bem o que afirmo.
  Pracinha de Ponta de Pedras durante o dia, com os diversos pontos vendas já montados.

Não sou contrário aos vendedores venderem o que bem entenderem até porque eles precisam sobreviver de alguma forma e ninguém tem culpa se tentam ganhar o pão de cada dia vendendo seja lá o que for. O mercado é assim, se tem quem precise e tem quem venda,o mercado cresce, daí ter tanto vendedor em Ponta de Pedras. O que acho errado é a ocupação da praça sem nenhum critério, principalmente com a permissão ou omissão da administração municipal.
Talvez um choque de ordem pudesse melhorar para todos, tanto para os vendedores como para as pessoas. Não existe mercado se não existirem compradores, consequentemente, é preciso que se aumente o número de pessoas para que as pessoas vejam e possam comprar os produtos disponíveis. Para isso, é preciso organizar os vendedores, limpar e iluminar a praça para que as pessoas voltem a passear e ver o que está disponível para venda. Uma boa opção seria padronizar as barracas, veja exemplos abaixo, existente numa praça, em Itaboraí, onde se vende de tudo.
     Barracas padronizadas e instaladas em torna da Praça de Itabaraí.
.         Roupas expostos para venda nas barracas da praça de Itaboraí.
                           Comida sendo vendida na praça de Itaboraí.
Em Ponta de Pedras, o número de barracas deveria ser fixado de acordo com o espaço disponível na praça, sem ocupar a calçada, que deveria ficar livre para a circulação das pessoas e nos dias de eventos, principalmente nos 15 dias das festividades de N.S.da Conceição. Nesses dias, a praça deveria ficar isolada para o transito de veículos, principalmente a noite. A autorização para a instalação do ponto de venda, deveria ser por sorteio e mediante o compromisso do vendedor em colocar o seu produto numa barraca padronizada, conforme vistas nas fotos acima. Essas barracas são desmontáveis, feitas em madeira e fácil de armar e desarmar, assim, o vendedor armaria no início da venda e desarmaria no final, deixando a praça livre e limpa. Seria muito importante, conforme observei na praça, em Itaboraí, ter pelo menos um gari para manter a praça sempre limpa.
Essa pequena ação mudaria totalmente a aparência da Praça de Ponta de Pedras e certamente as pessoas voltariam a frequentar mais a praça e os visitantes ficariam bem mais satisfeitos, pois como está, acho que ninguém discorda de que é preciso algumas melhorias para Ponta de Pedras voltar aos seus bons momentos de se passear na nossa Pracinha.




sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

O ALTO PREÇO POR SE CONFIAR NO ESTADO..


O alto preço por se confiar no estado


Um alienígena recém-chegado a este rebolante paraíso tropical, vendo a indignação das pessoas com o último absurdo do STF, concluiria que este povo foi subitamente capturado por um grupo de bandidos que, até pouco tempo, estava escondido nas cavernas.
Seria ótimo se fosse isso. Bastaria enxotá-los.
O fato é que todos os absurdos protagonizados pelo Supremo Tribunal Federal, pelo Congresso e por todas as esferas do governo são resultado da crença popular num estado coordenador das relações privadas e provedor de beneficências sociais.
Foro privilegiado, caixas exclusivos para idosos, auxílio passagem, aposentadorias especiais, fundo partidário, funcionários públicos com prioridade nos estacionamentos dos órgãos onde trabalham, fundo eleitoral, licença maternidade, cartão corporativo, 13° salário, auxílio telefone, Bolsa Família, meia entrada no cinema, cotas raciais, estabilidade de emprego, carros oficiais, abono de férias, apartamentos funcionais, indenização por demissão sem justa causa, pensão vitalícia… Tudo isso são direitos adquiridos.
Tomar decisões que insultam a sociedade é um direito adquirido pelos excelentíssimos ministros do Supremo Tribunal Federal. 
Consolidaram-se como direitos o conjunto de leis que determinam que grupos distintos de pessoas devem usufruir de certos benefícios custeados por todas as outras pessoas. Não importam a história, o caráter e o merecimento de cada indivíduo. Se fulano se enquadra em determinado grupo estabelecido por critérios gerais de avaliação, fulano merece isso ou aquilo.
No entanto, na filosofia liberal, direito é apenas aquilo que é original ao homem: a vida, a paz e a liberdade; podendo incluir tudo o que possa ser oferecido igualmente a todas as pessoas. Por exemplo: votar numa eleição. Qualquer direito que não beneficie todas as pessoas é apenas privilégio.
O governo promete um enorme leque de direitos sabendo que não pode cumprir, mas sabendo também que a expectativa do cumprimento dessas promessas faz com que o povo conceda cada vez mais poder e pague cada vez mais impostos, criando o ambiente perfeito para que os agentes do estado concedam cada vez mais privilégios a si mesmos.
Para cada direito criado, cria-se também um órgão para administrá-lo e distribuí-lo. Para cada órgão, criam-se dezenas, centenas, milhares de cargos; e, para coordená-los, criam-se diretorias, secretarias e ministérios.
Prover a felicidade das pessoas é uma grande responsabilidade, portanto, nada mais justo do que agraciar os funcionários desses órgãos com alguns privilégios e seus chefes com gordos salários e privilégios ainda maiores. Tudo isso para mover a máquina que tira dinheiro de todas as pessoas para, em troca, devolver uma fração desse dinheiro para as mais pobres. Eis o estado. 
Mesmo que muitos dos direitos sejam vistos como absurdos, a simples concessão lhes torna indissolúveis do ponto de vista dos beneficiários. A intenção de retirá-los causa insatisfações corporativas que limitam qualquer modernização da relação estado-sociedade.
Ao conceder poder ao estado para ele nos ajudar, concede-se, na verdade, o poder para ele nos explorar e humilhar. É o que o STF e o Congresso fazem o tempo todo, há muito tempo. E não há como reverter isso, porque cabe a eles decidir os limites do poder que desfrutam.
Os ministros do STF foram indicados por políticos e utilizaram seus poderes para fins políticos sempre que lhes convém, porque isso é um direito adquirido, garantido pela Constituição. Ninguém manda no STF e o STF manda em todo mundo. Seus ministros podem até invalidar boas leis para a sociedade, caso julguem que sejam ruins para seus padrinhos ou afilhados.
Mesmo que amanhã a população brasileira acorde consciente de que o estado não tem capacidade nem sabedoria para ser justo com os cidadãos, não lhe é possível retirar o poder do estado sobre sua vida.
Há quem acredite que um dia, por misericórdia divina, o Congresso, o STF e todas as esferas do governo serão ocupados por anjos altruístas que irão abdicar voluntaria e prazerosamente de todos os privilégios que desfrutam, utilizar seus poderes para favorecer os cidadãos e ainda extinguir os próprios cargos que ocupam.
Fé não se discute.  

ENGENHARIA CIVIL EM PONTA DE PEDRAS.

    Tenha acompanhado o entusiasmo de alguns moradores de Ponta de Pedras sobre a possibilidade do Município ter uma curso de Engenharia Civil. Claro, é uma excelente oportunidade de melhorar a educação profissionalizante dos meus conterrâneos e com isso, aumentar as chances do engenheiro formado em Ponta de Pedras ter melhores condições de vida e ajudar os seus familiares. É o que todos queremos.
     Não tenho conhecimento se os idealizadores da ideia fizeram algum levantamento sobre o mercado de trabalho para engenheiro civil. No município, acho pouco provável que os engenheiros, após formados, encontrarão serviço, pois observa-se que: primeiro as edificações existentes na cidade, nem sempre são construídas mediante projeto elaborado por um engenheiro civil e segundo, não temos empresas de engenharia que empreguem esse tipo de profissional, logo, no município só resta a Prefeitura para absorver essa mão de obra. Aí teremos a seguinte situação: muitos profissionais, mas sem emprego, pois ser formado não significa ter emprego ao final do curso. A solução para os formados é sair de Ponta de Pedras e buscar emprego nos grandes centros, onde as vagas estão disponíveis. Será que os jovens ponta-pedrenses já pensaram nisso, será que alguém já os avisou e eles estão preparados para isso? Uma vez tendo analisado bem a situação futura dos engenheiros após a formação, fica uma indagação: Como pode os idealizadores levarem um curso universitário para um município relativamente pobre e após a conclusão do curso, os formados saírem do município para aplicarem os conhecimentos adquiridos em outro lugar? Talvez fosse melhor para as pessoas e para o município a criação de um curso que ao final os formados fossem absorvidos, senão todos, a grande maioria no próprio município ou até mesmo no Marajó.
Alguém poderá argumentar que, pensando assim, nenhum curso universitário pode existir em Ponta de Pedras. Eu argumento que existem milhares de municípios que não têm curso universitário, pois ter uma universidade nem sempre resolve o problema dos municípes e na minha opinião, a administração municipal deve tentar resolver da melhor maneira possível os problemas das pessoas residentes no município, isto é, criar ferramentas que possibilitem à população  sobreviver criando os seus próprios recursos, daí, talvez cursos técnicos, que sejam mais úteis no município e que ofereçam uma profissão mais utilizável pelas pessoas provavelmente seria mais útil e quem sabe nem fosse preciso a pessoa buscar colocação em outro mercado de trabalho. É bom ficar claro que não sou contra a formação de engenheiros civis em Ponta de Pedras, estou afirmando que no município o mercado de trabalho para esse profissional é muito restrito e daí, formar um profissional para outro mercado em vez de se pensar em profissionais que poderiam ser utilizados no próprio município é um assunto a ser analisado com bastante calma. Será que alguém pensou nisso. Segue um artigo sobre a localização das melhores empresas que empregam  engenheiros civis.MELHORES EMPRESAS PARA ENGENHEIROS CIVIS.  

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

SUGESTÃO PARA OS FUTUROS PREFEITOS DE PONTA DE PEDRAS.

Sempre que visito algum lugar, procuro ver algo que, se aplicado no meu Torrão, poderia melhorar a aparência da cidade e com isso até melhorar a vida dos meus conterrâneos, principalmente incentivando o turismo, melhorando a arrecadação do Município e consequentemente, oferecendo melhorias para os ponta-pedrenses.
Recentemente visitei a Ilha de Paquetá, localizada na Baia da Guanabara, é um pedaço de terra pequeno e que vive do turismo. Por ser pequena, acho que uma pessoa caminhando não leva mais de uma hora para contornar a ilha toda. Eu tentei fazer isso, embora não percorrendo toda a ilha. Durante a minha caminhada constatei que muito do que existe em Paquetá poderia ser perfeitamente aplicado em Ponta de Pedras, não de imediato, mas dentro de alguns anos, se planejado por um bom prefeito. O que mais gostei foi a orla da ilha.
                                           Orla de Paquetá.
A orla de Paquetá é simples, mas é contornada por uma calçada de uns 50 centímetros de largura. Em certos lugares existem praias e várias pessoas aproveitavam e se divertiam, sendo que numa das praias existem pedalinhos que podem ser alugados para passear ali pelas proximidades, pois o mar é tranquilo, muito parecido com as águas do Rio Marajó Açú, em frente a Ponta de Pedras.
                                               Pedalinhos.
Ao longo de toda a orla as pessoas podem pescar, mesmo considerando a raridade dos peixes, um dos pescadores disse-me que é mais para se divertir.
                                   Pescadores na orla de Paquetá.
Achei muito interessante a parte que é gramada junto das calçadas, como mostrada na foto acima.
Ví pouquíssimos vendedores e veículos motorizados praticamente inexistem, pelo que eu soube, apenas o caminhão que transporta lixo; o carro da polícia e a ambulância, os demais são movidos a bateria ou movidos com a força muscular, como as bicicletas e alguns veículos para passeios.
                              Veículo para passeios pela Ilha.
A pergunta é: Ponta de Pedras poderia ser assim? Sim, poderia, mas atualmente está muito difícil melhorar a aparência da frente da Cidade de uma hora para outra, essa mudança levaria tempo e provavelmente em apenas um mandato de 4 anos dificilmente um prefeito conseguiria, mas é possível. O prefeito teria que conseguir o apoio de todos interessados em possuir uma parte da orla da Cidade, porque cada pessoa que desempenha alguma atividade por ali quer ter o seu pedacinho de orla e seria difícil convencê-los de que uma mudança para melhor se faz necessário. Outro problema é a própria administração municipal, que não tem interesse no assunto, pois deixando como está, não incomodando ninguém e facilitando na medida do possível, não perderá votos, pois os políticos de Ponta de Pedras, pelo que se tem visto ao longo dos anos, estão mais interessados no poder, em manterem-se no cargo e o cuidado com a Cidade fica em segundo plano, haja vista, o estado em que se encontra Ponta de Pedras.
E como poderia ficar a frente da Cidade? Eu fiz um esboço da frente da cidade, considerando uma calçada de 50 centímetros e 2 metros mais ou menos afastada para dentro do rio, começando ali no Ponto Certo e indo até a Ponte do Sr. Paulino. Os espaço compreendido entre a calçada e o continente poderia ser aterrado, gramado e feito diversos trapiches para atracação das embarcações, conforme o esboço abaixo.
Foto esboço.


                             Esboço de parte da orla de Ponta de Pedras
     É evidente que existem inúmeras possibilidades de rearrumação, para melhorar a frente da Cidade, basta  a administração ter força de vontade para fazer. A seguir foto de local para atracação de embarcações.

                            Local para atracação em madeira.




quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

PÁTRIA EDUCADORA VS RESULTADO DO PISA - Mühlmann Erthal.

Texto de Maurício Mühlmann Erthal.

"Se alguém ainda tinha alguma dúvida, o ranking do Pisa provou de uma vez por todas que a tal "pátria educadora", que encheu péssimas universidades com péssimos alunos formados por péssimos professores, era apenas um embuste. Distribuir diplomas a pessoas de baixa inteligência, nenhum talento, estúpidas, cotistas, etc, é como carimbar o traseiro de bois e vacas que estão indo para o abate (neste caso justificável).

Na nossa cultura deformada pelo 'coitadismo', ou para falar mais academicamente, pelo ethos-igualitarista moderno, teimamos em achar que a Universidade é para todos. Nunca foi e nunca será. Essa é uma das maiores mentiras da modernidade. A decadência da civilização se iniciou com a universalização do ensino, com a troca da formação espiritual e intelectual puras, "ars gratia artis" no sentido aristotélico, pelo adestramento meramente utilitarista para fins de sobrevivência. Universidade é para uma elite intelectual. É para quem realmente tem talentos, gosta de estudar e tem uma inteligência privilegiada. Sua prioridade é produzir conhecimento e não formar mão de obra ...e muito menos ainda formar militantes revolucionários que irão implantar o comunismo no país.

Para formar profissionais e mão de obra existe o ensino técnico e profissionalizante. As oportunidades que devem ser oferecidas a todos é a de uma boa formação de base onde, por meio da meritocracia, serão revelados aqueles mais capazes de ir para a Universidade PRODUZIR CONHECIMENTO. Transformar todo mundo em universitário apenas para não ferir a autoestima do jovem maconheiro que usa piercing no nariz e alargador na orelha é algo completamente estúpido! Tudo que o governo do PT conseguiu foi queimar centenas e centenas de bilhões de reais para produzir o pior, o mais idiota, o mais ignorante, o mais analfabeto, e por consequência o mais mimado, alienado e arrogante aluno do mundo!

Nivelaram todo mundo por baixo, destruíram qualquer possibilidade de formar uma verdadeira elite intelectual para o país. São mais de duas décadas jogadas inteiramente no lixo! Trocaram a meritocracia (de alunos e professores) pela "universalização", pela "política de cotas" e pela "ideologização".

Nunca reconhecendo que as pessoas são essencialmente diferentes, umas mais inteligentes, mais capazes e mais esforçadas que as outras, enfiam goela abaixo de todos o maldito igualitarismo que sempre favorecerá o vulgar, o grosseiro e o ignorante. Sempre nivelará por baixo, rebaixará a tudo e a todos e produzirá os piores resultados. Reúna vários alunos inteligentes e todos se tornarão mais inteligentes ainda. Cerquem um gênio de medíocres e vulgares e testemunhará sua lenta e gradual decadência.

Numa era em que a humanidade enfrenta a sua mais radical transformação tecnológica, a civilização cibernética põe em cheque toda a cultura humanista, há uma mudança profunda de quase todos os paradigmas científicos, sociais e econômicos; nanotecnologia, microbiologia, projeto genoma, matriz energética, 5G e 6G, Internet das coisas, etc., nós gastamos trilhões em 20 anos para produzir uma geração “Nem Nem” de mimados, estúpidos, deprimidos, feminilizados, vazios, idiotas e arrogantes que votam no PSOL e morrem de medo de se tornar adultos. Uma legião de falsos graduados sem possibilidade de emprego, endividados com o FIES, caminhando para a meia idade, morando com os pais e frequentando a marcha da maconha porque precisam urgentemente legalizar seu suicídio."

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

PARECE QUE PONTA DE PEDRAS ESTÁ REGREDINDO.


     Sinquidia visitei Ponta de Pedras. Apesar de acompanhar os acontecimentos rotineiros do meu Torrão, queria olhar de perto. Confesso que alimentei a ideia de encontrar uma cidade bem cuidada, haja vista as postagens feitas no Facebook, pelo Prefeito e seus assessores. É roçagem pra cá; pintura de cemitério pra lá; abertura de estrada e outros serviços mostrados em cada postagem, sempre com o lema: “Governo que Faz”. Entretanto, ao chegar e dar umas voltas pela cidade, o que vi não correspondeu à minha expectativa, Ponta de Pedras parece mais abandonada do que nunca, é uma pena. Para uma pessoa que visita a cidade é difícil passeios, mesmo sendo um município com tantas belezas para se mostrar. Parece que a única opção é visitar a Praia da Mangabeira, pois sempre que conversamos com um conhecido a pergunta é sempre a mesma: - vais na praia da Mangabeira? Durante a minha visita, vinha a pergunta e logo era acrescentado: - a calçada está toda destruída, a praia está praticamente abandonada, não vale a pena ir lá! O centro da cidade está muito sujo e desarrumado, ali pela praça e principalmente a feira. A orla é um caso à parte, pois cada pessoa faz a sua obra como bem entende e vende o que lhe der na cabeça. Um belo dia, a obra, por falta de manutenção se deteriora e a pessoa faz outra, deixando a estrutura velha lá, só enfeiando a frente da cidade, e o pior, ninguém faz absoluta nada. 
                Construções abandonadas na frente da Cidade.
          Sobre a feira, eu já comentei em outra postagem, mas em vez de melhorar, piorou, existe um esgoto que fica entre a feira e a Casa Monteiro, que um dia foi Casa da Beira, esse esgoto exala um odor horrível e ninguém tem a sensibilidade de mandar limpar. A orla que vai da Casa Monteiro até a rampa, é uma imundície, com urubus brigando por algum alimento apodrecido que provavelmente jogam por ali. Mas não é só isso, a orla de Ponta de Pedras é uma vergonha, seja para os administradores municipais que não fazem nada para melhorar ou para a população que não se organiza para cobrar junto aos administradores uma melhoria daquele espaço, pois a frente da cidade é o cartão de visita para quem chega. Vereadores, que dizem representar os eleitores, em Ponta de Pedras não existe, a não ser para receber os seus proventos no final do mês e provavelmente continuará assim.
                              Parte da Orla de Ponta de Pedras.
      Sinceramente, fiquei muito decepcionado. Não ouvi ninguém elogiando a administração atual, a não ser as pessoas que, de alguma forma, têm algum relacionamento com o governo municipal, para esses parece que está tudo bem. 
            Um fato interessante chamou minha atenção. Uma senhora saiu daquele banheiro que tem ali no trapiche e despejou numa pessoa toda a sua decepção com o estado em que se encontrava o banheiro, a pessoa que ouviu, absorveu bem e deu como resposta que o fato seria encaminhado para os responsáveis por manter o banheiro em condições de uso pela população. Como eu estava perto, perguntei para a pessoa que deu a resposta se  não tinha ninguém para limpar o local e ela disse que 6 pessoas recebem dinheiro da prefeitura para manter aquele local minimamente utilizável. Vejam que são pessoas que moram em Ponta de Pedras que ajudam a denegrir a imagem da cidade, mas, como o chefe é sempre o responsável, alguém na prefeitura deveria ver isso.
     A melhor propaganda ainda é a voz do povo, portanto, quem visita Ponta de Pedras falará bem ou mal, dependendo do que verá durante a sua permanência na cidade. O hotel que eu fiquei piorou consideravelmente em relação a outra vez que fiquei hospedado lá. Restaurantes que em outras épocas cheguei a elogiar, agora foi só decepção. 
        Mas Ponta de Pedras tem algumas melhorias, como a boa iluminação daquela rua que passa atrás da Catedral; algumas ruas foram asfaltadas; estradas foram abertas e alguma coisa foi feita, não resta a menor dúvida. Até a UBS recentemente inaugurada fui uma grande conquista, porque mesmo sendo verba do governo federal, a administração municipal fez o projeto e conseguiu a embarcação, agora se vai ser utilizada conforme a necessidade dos ponta-pedrenses  já é outra história. Até hoje não entendi o motivo pelo qual os administradores municipais não dão a devida atenção para a frente da cidade; porque não organizam os trapiches; retiram os restos de construções que só enfeiam a orla; melhoram a feira, como melhoraram o mercado; organizam aqueles vendedores que tomaram conta da praça que fica em frente da igrejinha. Durante a inauguração da UBS o prefeito afirmou que ele tinha algumas rusgas com uma pessoa que estava ali e em seguida afirmou que, as rusgas se deviam aos sonhos políticos, pois ambos queriam melhoras para Ponta de Pedras. Sinceramente, tenho lá minhas dúvidas sobre esses sonhos, pois  Ponta de Pedras precisa melhorar muito