segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

PRACINHA DE PONTA DE PEDRAS E SEUS OCUPANTES.

Quando jovem, eu costumava ir em Ponta de Pedras por ocasião do Círio de N.S.da Conceição, padroeira do Município. Ali era um lugar onde as pessoas, principalmente as moças e rapazes costumavam passear, alguns formando pares, como namorados, outros apenas conversando e a maioria apenas passeando. Andavam em torno da praça, geralmente no sentido contrário ao ponteiro do relógio. Aqueles que não queriam passear, de um modo geral, ficavam parados só apreciando o desfile que ocorria ali, principalmente após a ladainha, era muito bonito. Os vendedores, que não eram muitos, costumavam se posicionar fora da calçada da praça; os carros eram poucos e as pessoas podiam conversar sem gritar, visto também não existirem os “megas” da vida. Ponta de Pedras era uma Cidade excelente para se passear, quem viveu essa época deve lembrar.
A população aumentou, a Cidade cresceu e os administradores municipais, permitiram que as pessoas fossem tomando conta da praça sem nenhum ordenamento. Os vendedores instalaram os seus diversos pontos de vendas em qualquer lugar, alguns fixaram seus pontos de vendas como se aquele pedaço da praça fosse de sua propriedade e ninguém se incomodou com isso e mais, fizeram instalações conforme bem entenderam e mais uma vez a administração municipal ficou alheia, nem se importou. Hoje, quem visita a Cidade e teve a felicidade de ter visto a pracinha de outros tempos, além de se admirar, fica saudosa e triste por terem permitido que aquele espaço que servia de local para as pessoas passearem, tenha se transformado no que é hoje, um local tomado por vendedores que não estão nem ai para a Cidade. A foto abaixo ilustra bem o que afirmo.
  Pracinha de Ponta de Pedras durante o dia, com os diversos pontos vendas já montados.

Não sou contrário aos vendedores venderem o que bem entenderem até porque eles precisam sobreviver de alguma forma e ninguém tem culpa se tentam ganhar o pão de cada dia vendendo seja lá o que for. O mercado é assim, se tem quem precise e tem quem venda,o mercado cresce, daí ter tanto vendedor em Ponta de Pedras. O que acho errado é a ocupação da praça sem nenhum critério, principalmente com a permissão ou omissão da administração municipal.
Talvez um choque de ordem pudesse melhorar para todos, tanto para os vendedores como para as pessoas. Não existe mercado se não existirem compradores, consequentemente, é preciso que se aumente o número de pessoas para que as pessoas vejam e possam comprar os produtos disponíveis. Para isso, é preciso organizar os vendedores, limpar e iluminar a praça para que as pessoas voltem a passear e ver o que está disponível para venda. Uma boa opção seria padronizar as barracas, veja exemplos abaixo, existente numa praça, em Itaboraí, onde se vende de tudo.
     Barracas padronizadas e instaladas em torna da Praça de Itabaraí.
.         Roupas expostos para venda nas barracas da praça de Itaboraí.
                           Comida sendo vendida na praça de Itaboraí.
Em Ponta de Pedras, o número de barracas deveria ser fixado de acordo com o espaço disponível na praça, sem ocupar a calçada, que deveria ficar livre para a circulação das pessoas e nos dias de eventos, principalmente nos 15 dias das festividades de N.S.da Conceição. Nesses dias, a praça deveria ficar isolada para o transito de veículos, principalmente a noite. A autorização para a instalação do ponto de venda, deveria ser por sorteio e mediante o compromisso do vendedor em colocar o seu produto numa barraca padronizada, conforme vistas nas fotos acima. Essas barracas são desmontáveis, feitas em madeira e fácil de armar e desarmar, assim, o vendedor armaria no início da venda e desarmaria no final, deixando a praça livre e limpa. Seria muito importante, conforme observei na praça, em Itaboraí, ter pelo menos um gari para manter a praça sempre limpa.
Essa pequena ação mudaria totalmente a aparência da Praça de Ponta de Pedras e certamente as pessoas voltariam a frequentar mais a praça e os visitantes ficariam bem mais satisfeitos, pois como está, acho que ninguém discorda de que é preciso algumas melhorias para Ponta de Pedras voltar aos seus bons momentos de se passear na nossa Pracinha.




sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

O ALTO PREÇO POR SE CONFIAR NO ESTADO..


O alto preço por se confiar no estado


Um alienígena recém-chegado a este rebolante paraíso tropical, vendo a indignação das pessoas com o último absurdo do STF, concluiria que este povo foi subitamente capturado por um grupo de bandidos que, até pouco tempo, estava escondido nas cavernas.
Seria ótimo se fosse isso. Bastaria enxotá-los.
O fato é que todos os absurdos protagonizados pelo Supremo Tribunal Federal, pelo Congresso e por todas as esferas do governo são resultado da crença popular num estado coordenador das relações privadas e provedor de beneficências sociais.
Foro privilegiado, caixas exclusivos para idosos, auxílio passagem, aposentadorias especiais, fundo partidário, funcionários públicos com prioridade nos estacionamentos dos órgãos onde trabalham, fundo eleitoral, licença maternidade, cartão corporativo, 13° salário, auxílio telefone, Bolsa Família, meia entrada no cinema, cotas raciais, estabilidade de emprego, carros oficiais, abono de férias, apartamentos funcionais, indenização por demissão sem justa causa, pensão vitalícia… Tudo isso são direitos adquiridos.
Tomar decisões que insultam a sociedade é um direito adquirido pelos excelentíssimos ministros do Supremo Tribunal Federal. 
Consolidaram-se como direitos o conjunto de leis que determinam que grupos distintos de pessoas devem usufruir de certos benefícios custeados por todas as outras pessoas. Não importam a história, o caráter e o merecimento de cada indivíduo. Se fulano se enquadra em determinado grupo estabelecido por critérios gerais de avaliação, fulano merece isso ou aquilo.
No entanto, na filosofia liberal, direito é apenas aquilo que é original ao homem: a vida, a paz e a liberdade; podendo incluir tudo o que possa ser oferecido igualmente a todas as pessoas. Por exemplo: votar numa eleição. Qualquer direito que não beneficie todas as pessoas é apenas privilégio.
O governo promete um enorme leque de direitos sabendo que não pode cumprir, mas sabendo também que a expectativa do cumprimento dessas promessas faz com que o povo conceda cada vez mais poder e pague cada vez mais impostos, criando o ambiente perfeito para que os agentes do estado concedam cada vez mais privilégios a si mesmos.
Para cada direito criado, cria-se também um órgão para administrá-lo e distribuí-lo. Para cada órgão, criam-se dezenas, centenas, milhares de cargos; e, para coordená-los, criam-se diretorias, secretarias e ministérios.
Prover a felicidade das pessoas é uma grande responsabilidade, portanto, nada mais justo do que agraciar os funcionários desses órgãos com alguns privilégios e seus chefes com gordos salários e privilégios ainda maiores. Tudo isso para mover a máquina que tira dinheiro de todas as pessoas para, em troca, devolver uma fração desse dinheiro para as mais pobres. Eis o estado. 
Mesmo que muitos dos direitos sejam vistos como absurdos, a simples concessão lhes torna indissolúveis do ponto de vista dos beneficiários. A intenção de retirá-los causa insatisfações corporativas que limitam qualquer modernização da relação estado-sociedade.
Ao conceder poder ao estado para ele nos ajudar, concede-se, na verdade, o poder para ele nos explorar e humilhar. É o que o STF e o Congresso fazem o tempo todo, há muito tempo. E não há como reverter isso, porque cabe a eles decidir os limites do poder que desfrutam.
Os ministros do STF foram indicados por políticos e utilizaram seus poderes para fins políticos sempre que lhes convém, porque isso é um direito adquirido, garantido pela Constituição. Ninguém manda no STF e o STF manda em todo mundo. Seus ministros podem até invalidar boas leis para a sociedade, caso julguem que sejam ruins para seus padrinhos ou afilhados.
Mesmo que amanhã a população brasileira acorde consciente de que o estado não tem capacidade nem sabedoria para ser justo com os cidadãos, não lhe é possível retirar o poder do estado sobre sua vida.
Há quem acredite que um dia, por misericórdia divina, o Congresso, o STF e todas as esferas do governo serão ocupados por anjos altruístas que irão abdicar voluntaria e prazerosamente de todos os privilégios que desfrutam, utilizar seus poderes para favorecer os cidadãos e ainda extinguir os próprios cargos que ocupam.
Fé não se discute.  

ENGENHARIA CIVIL EM PONTA DE PEDRAS.

    Tenha acompanhado o entusiasmo de alguns moradores de Ponta de Pedras sobre a possibilidade do Município ter uma curso de Engenharia Civil. Claro, é uma excelente oportunidade de melhorar a educação profissionalizante dos meus conterrâneos e com isso, aumentar as chances do engenheiro formado em Ponta de Pedras ter melhores condições de vida e ajudar os seus familiares. É o que todos queremos.
     Não tenho conhecimento se os idealizadores da ideia fizeram algum levantamento sobre o mercado de trabalho para engenheiro civil. No município, acho pouco provável que os engenheiros, após formados, encontrarão serviço, pois observa-se que: primeiro as edificações existentes na cidade, nem sempre são construídas mediante projeto elaborado por um engenheiro civil e segundo, não temos empresas de engenharia que empreguem esse tipo de profissional, logo, no município só resta a Prefeitura para absorver essa mão de obra. Aí teremos a seguinte situação: muitos profissionais, mas sem emprego, pois ser formado não significa ter emprego ao final do curso. A solução para os formados é sair de Ponta de Pedras e buscar emprego nos grandes centros, onde as vagas estão disponíveis. Será que os jovens ponta-pedrenses já pensaram nisso, será que alguém já os avisou e eles estão preparados para isso? Uma vez tendo analisado bem a situação futura dos engenheiros após a formação, fica uma indagação: Como pode os idealizadores levarem um curso universitário para um município relativamente pobre e após a conclusão do curso, os formados saírem do município para aplicarem os conhecimentos adquiridos em outro lugar? Talvez fosse melhor para as pessoas e para o município a criação de um curso que ao final os formados fossem absorvidos, senão todos, a grande maioria no próprio município ou até mesmo no Marajó.
Alguém poderá argumentar que, pensando assim, nenhum curso universitário pode existir em Ponta de Pedras. Eu argumento que existem milhares de municípios que não têm curso universitário, pois ter uma universidade nem sempre resolve o problema dos municípes e na minha opinião, a administração municipal deve tentar resolver da melhor maneira possível os problemas das pessoas residentes no município, isto é, criar ferramentas que possibilitem à população  sobreviver criando os seus próprios recursos, daí, talvez cursos técnicos, que sejam mais úteis no município e que ofereçam uma profissão mais utilizável pelas pessoas provavelmente seria mais útil e quem sabe nem fosse preciso a pessoa buscar colocação em outro mercado de trabalho. É bom ficar claro que não sou contra a formação de engenheiros civis em Ponta de Pedras, estou afirmando que no município o mercado de trabalho para esse profissional é muito restrito e daí, formar um profissional para outro mercado em vez de se pensar em profissionais que poderiam ser utilizados no próprio município é um assunto a ser analisado com bastante calma. Será que alguém pensou nisso. Segue um artigo sobre a localização das melhores empresas que empregam  engenheiros civis.MELHORES EMPRESAS PARA ENGENHEIROS CIVIS.  

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

SUGESTÃO PARA OS FUTUROS PREFEITOS DE PONTA DE PEDRAS.

Sempre que visito algum lugar, procuro ver algo que, se aplicado no meu Torrão, poderia melhorar a aparência da cidade e com isso até melhorar a vida dos meus conterrâneos, principalmente incentivando o turismo, melhorando a arrecadação do Município e consequentemente, oferecendo melhorias para os ponta-pedrenses.
Recentemente visitei a Ilha de Paquetá, localizada na Baia da Guanabara, é um pedaço de terra pequeno e que vive do turismo. Por ser pequena, acho que uma pessoa caminhando não leva mais de uma hora para contornar a ilha toda. Eu tentei fazer isso, embora não percorrendo toda a ilha. Durante a minha caminhada constatei que muito do que existe em Paquetá poderia ser perfeitamente aplicado em Ponta de Pedras, não de imediato, mas dentro de alguns anos, se planejado por um bom prefeito. O que mais gostei foi a orla da ilha.
                                           Orla de Paquetá.
A orla de Paquetá é simples, mas é contornada por uma calçada de uns 50 centímetros de largura. Em certos lugares existem praias e várias pessoas aproveitavam e se divertiam, sendo que numa das praias existem pedalinhos que podem ser alugados para passear ali pelas proximidades, pois o mar é tranquilo, muito parecido com as águas do Rio Marajó Açú, em frente a Ponta de Pedras.
                                               Pedalinhos.
Ao longo de toda a orla as pessoas podem pescar, mesmo considerando a raridade dos peixes, um dos pescadores disse-me que é mais para se divertir.
                                   Pescadores na orla de Paquetá.
Achei muito interessante a parte que é gramada junto das calçadas, como mostrada na foto acima.
Ví pouquíssimos vendedores e veículos motorizados praticamente inexistem, pelo que eu soube, apenas o caminhão que transporta lixo; o carro da polícia e a ambulância, os demais são movidos a bateria ou movidos com a força muscular, como as bicicletas e alguns veículos para passeios.
                              Veículo para passeios pela Ilha.
A pergunta é: Ponta de Pedras poderia ser assim? Sim, poderia, mas atualmente está muito difícil melhorar a aparência da frente da Cidade de uma hora para outra, essa mudança levaria tempo e provavelmente em apenas um mandato de 4 anos dificilmente um prefeito conseguiria, mas é possível. O prefeito teria que conseguir o apoio de todos interessados em possuir uma parte da orla da Cidade, porque cada pessoa que desempenha alguma atividade por ali quer ter o seu pedacinho de orla e seria difícil convencê-los de que uma mudança para melhor se faz necessário. Outro problema é a própria administração municipal, que não tem interesse no assunto, pois deixando como está, não incomodando ninguém e facilitando na medida do possível, não perderá votos, pois os políticos de Ponta de Pedras, pelo que se tem visto ao longo dos anos, estão mais interessados no poder, em manterem-se no cargo e o cuidado com a Cidade fica em segundo plano, haja vista, o estado em que se encontra Ponta de Pedras.
E como poderia ficar a frente da Cidade? Eu fiz um esboço da frente da cidade, considerando uma calçada de 50 centímetros e 2 metros mais ou menos afastada para dentro do rio, começando ali no Ponto Certo e indo até a Ponte do Sr. Paulino. Os espaço compreendido entre a calçada e o continente poderia ser aterrado, gramado e feito diversos trapiches para atracação das embarcações, conforme o esboço abaixo.
Foto esboço.


                             Esboço de parte da orla de Ponta de Pedras
     É evidente que existem inúmeras possibilidades de rearrumação, para melhorar a frente da Cidade, basta  a administração ter força de vontade para fazer. A seguir foto de local para atracação de embarcações.

                            Local para atracação em madeira.




quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

PÁTRIA EDUCADORA VS RESULTADO DO PISA - Mühlmann Erthal.

Texto de Maurício Mühlmann Erthal.

"Se alguém ainda tinha alguma dúvida, o ranking do Pisa provou de uma vez por todas que a tal "pátria educadora", que encheu péssimas universidades com péssimos alunos formados por péssimos professores, era apenas um embuste. Distribuir diplomas a pessoas de baixa inteligência, nenhum talento, estúpidas, cotistas, etc, é como carimbar o traseiro de bois e vacas que estão indo para o abate (neste caso justificável).

Na nossa cultura deformada pelo 'coitadismo', ou para falar mais academicamente, pelo ethos-igualitarista moderno, teimamos em achar que a Universidade é para todos. Nunca foi e nunca será. Essa é uma das maiores mentiras da modernidade. A decadência da civilização se iniciou com a universalização do ensino, com a troca da formação espiritual e intelectual puras, "ars gratia artis" no sentido aristotélico, pelo adestramento meramente utilitarista para fins de sobrevivência. Universidade é para uma elite intelectual. É para quem realmente tem talentos, gosta de estudar e tem uma inteligência privilegiada. Sua prioridade é produzir conhecimento e não formar mão de obra ...e muito menos ainda formar militantes revolucionários que irão implantar o comunismo no país.

Para formar profissionais e mão de obra existe o ensino técnico e profissionalizante. As oportunidades que devem ser oferecidas a todos é a de uma boa formação de base onde, por meio da meritocracia, serão revelados aqueles mais capazes de ir para a Universidade PRODUZIR CONHECIMENTO. Transformar todo mundo em universitário apenas para não ferir a autoestima do jovem maconheiro que usa piercing no nariz e alargador na orelha é algo completamente estúpido! Tudo que o governo do PT conseguiu foi queimar centenas e centenas de bilhões de reais para produzir o pior, o mais idiota, o mais ignorante, o mais analfabeto, e por consequência o mais mimado, alienado e arrogante aluno do mundo!

Nivelaram todo mundo por baixo, destruíram qualquer possibilidade de formar uma verdadeira elite intelectual para o país. São mais de duas décadas jogadas inteiramente no lixo! Trocaram a meritocracia (de alunos e professores) pela "universalização", pela "política de cotas" e pela "ideologização".

Nunca reconhecendo que as pessoas são essencialmente diferentes, umas mais inteligentes, mais capazes e mais esforçadas que as outras, enfiam goela abaixo de todos o maldito igualitarismo que sempre favorecerá o vulgar, o grosseiro e o ignorante. Sempre nivelará por baixo, rebaixará a tudo e a todos e produzirá os piores resultados. Reúna vários alunos inteligentes e todos se tornarão mais inteligentes ainda. Cerquem um gênio de medíocres e vulgares e testemunhará sua lenta e gradual decadência.

Numa era em que a humanidade enfrenta a sua mais radical transformação tecnológica, a civilização cibernética põe em cheque toda a cultura humanista, há uma mudança profunda de quase todos os paradigmas científicos, sociais e econômicos; nanotecnologia, microbiologia, projeto genoma, matriz energética, 5G e 6G, Internet das coisas, etc., nós gastamos trilhões em 20 anos para produzir uma geração “Nem Nem” de mimados, estúpidos, deprimidos, feminilizados, vazios, idiotas e arrogantes que votam no PSOL e morrem de medo de se tornar adultos. Uma legião de falsos graduados sem possibilidade de emprego, endividados com o FIES, caminhando para a meia idade, morando com os pais e frequentando a marcha da maconha porque precisam urgentemente legalizar seu suicídio."

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

PARECE QUE PONTA DE PEDRAS ESTÁ REGREDINDO.


     Sinquidia visitei Ponta de Pedras. Apesar de acompanhar os acontecimentos rotineiros do meu Torrão, queria olhar de perto. Confesso que alimentei a ideia de encontrar uma cidade bem cuidada, haja vista as postagens feitas no Facebook, pelo Prefeito e seus assessores. É roçagem pra cá; pintura de cemitério pra lá; abertura de estrada e outros serviços mostrados em cada postagem, sempre com o lema: “Governo que Faz”. Entretanto, ao chegar e dar umas voltas pela cidade, o que vi não correspondeu à minha expectativa, Ponta de Pedras parece mais abandonada do que nunca, é uma pena. Para uma pessoa que visita a cidade é difícil passeios, mesmo sendo um município com tantas belezas para se mostrar. Parece que a única opção é visitar a Praia da Mangabeira, pois sempre que conversamos com um conhecido a pergunta é sempre a mesma: - vais na praia da Mangabeira? Durante a minha visita, vinha a pergunta e logo era acrescentado: - a calçada está toda destruída, a praia está praticamente abandonada, não vale a pena ir lá! O centro da cidade está muito sujo e desarrumado, ali pela praça e principalmente a feira. A orla é um caso à parte, pois cada pessoa faz a sua obra como bem entende e vende o que lhe der na cabeça. Um belo dia, a obra, por falta de manutenção se deteriora e a pessoa faz outra, deixando a estrutura velha lá, só enfeiando a frente da cidade, e o pior, ninguém faz absoluta nada. 
                Construções abandonadas na frente da Cidade.
          Sobre a feira, eu já comentei em outra postagem, mas em vez de melhorar, piorou, existe um esgoto que fica entre a feira e a Casa Monteiro, que um dia foi Casa da Beira, esse esgoto exala um odor horrível e ninguém tem a sensibilidade de mandar limpar. A orla que vai da Casa Monteiro até a rampa, é uma imundície, com urubus brigando por algum alimento apodrecido que provavelmente jogam por ali. Mas não é só isso, a orla de Ponta de Pedras é uma vergonha, seja para os administradores municipais que não fazem nada para melhorar ou para a população que não se organiza para cobrar junto aos administradores uma melhoria daquele espaço, pois a frente da cidade é o cartão de visita para quem chega. Vereadores, que dizem representar os eleitores, em Ponta de Pedras não existe, a não ser para receber os seus proventos no final do mês e provavelmente continuará assim.
                              Parte da Orla de Ponta de Pedras.
      Sinceramente, fiquei muito decepcionado. Não ouvi ninguém elogiando a administração atual, a não ser as pessoas que, de alguma forma, têm algum relacionamento com o governo municipal, para esses parece que está tudo bem. 
            Um fato interessante chamou minha atenção. Uma senhora saiu daquele banheiro que tem ali no trapiche e despejou numa pessoa toda a sua decepção com o estado em que se encontrava o banheiro, a pessoa que ouviu, absorveu bem e deu como resposta que o fato seria encaminhado para os responsáveis por manter o banheiro em condições de uso pela população. Como eu estava perto, perguntei para a pessoa que deu a resposta se  não tinha ninguém para limpar o local e ela disse que 6 pessoas recebem dinheiro da prefeitura para manter aquele local minimamente utilizável. Vejam que são pessoas que moram em Ponta de Pedras que ajudam a denegrir a imagem da cidade, mas, como o chefe é sempre o responsável, alguém na prefeitura deveria ver isso.
     A melhor propaganda ainda é a voz do povo, portanto, quem visita Ponta de Pedras falará bem ou mal, dependendo do que verá durante a sua permanência na cidade. O hotel que eu fiquei piorou consideravelmente em relação a outra vez que fiquei hospedado lá. Restaurantes que em outras épocas cheguei a elogiar, agora foi só decepção. 
        Mas Ponta de Pedras tem algumas melhorias, como a boa iluminação daquela rua que passa atrás da Catedral; algumas ruas foram asfaltadas; estradas foram abertas e alguma coisa foi feita, não resta a menor dúvida. Até a UBS recentemente inaugurada fui uma grande conquista, porque mesmo sendo verba do governo federal, a administração municipal fez o projeto e conseguiu a embarcação, agora se vai ser utilizada conforme a necessidade dos ponta-pedrenses  já é outra história. Até hoje não entendi o motivo pelo qual os administradores municipais não dão a devida atenção para a frente da cidade; porque não organizam os trapiches; retiram os restos de construções que só enfeiam a orla; melhoram a feira, como melhoraram o mercado; organizam aqueles vendedores que tomaram conta da praça que fica em frente da igrejinha. Durante a inauguração da UBS o prefeito afirmou que ele tinha algumas rusgas com uma pessoa que estava ali e em seguida afirmou que, as rusgas se deviam aos sonhos políticos, pois ambos queriam melhoras para Ponta de Pedras. Sinceramente, tenho lá minhas dúvidas sobre esses sonhos, pois  Ponta de Pedras precisa melhorar muito

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

SITE DA CÂMARA MUNICIPAL DE PONTA DE PEDRAS.



Recentemente dei uma olhada no site da Câmara Municipal de Ponta de Pedras, achei interessante, pelo menos os meus conterrâneos têm um local onde verificar algumas informações atinentes aos 12 vereadores eleitos. Não está ruim, mas poderia ser bem melhor, imagino que estejam trabalhando para melhorar, como por exemplo: seria bom melhorar a apresentação dos parlamentares, colocando fotos que não tem e um pequeno currículo dos mesmos para que através do site a pessoa possa conhecer melhor os vereadores. Não vi nada relativo ao controle dos recursos financeiros recebidos e aplicados; vencimentos dos parlamentares também não vi por lá; gastos dos vereadores, como diárias e/ou outras verbas públicas, se tem não cheguei a ver. Contudo, no site, consta o trabalho realizado por cada parlamentar que, como a maior parte dos vereadores brasileiros, consiste em requerimentos encaminhados ao executivo, conforme mostrou recentemente uma série de reportagens exibidas pela TV Bandeirantes. Os requerimentos tratam de demandas que chegam ao conhecimento do vereador ou de alguma constatação, imagino. São diversas as solicitações ao Executivo, tais como, reforma de escolas, instalação de postes com iluminação, capina, reforma em pontes etc. Estão listados 40 requerimentos, o que dá uma média de 3,3 requerimentos por parlamentar, achei pouco, se considerarmos que são 12, mas tem parlamentar que fez 10 e parlamentar que não fez nenhum, conforme mostra o site. Dos 40 requerimentos encaminhados ao Executivo, não vi nenhuma resposta, isto é, não sabemos se teve solução para o problema apresentado ou se o Executivo recebeu, jogou numa gaveta e ficou por isso mesmo, entendo que um requerimento deve ter uma resposta, mas não sei como as administrações municipais trabalham com esses documentos. Se verificarmos bem, muitos dos assuntos tratados nos requerimentos dizem respeito a determinada secretaria municipal, o vereador, pelo visto, ajuda muito o secretário pois está lembrando que determinado serviço precisa ser feito, no meu entender tira um pouco a responsabilidade do secretário a quem compete assessorar o prefeito e portanto, deveria estar atento para essas necessidades, mas isso é um pensamento meu e eu não sou político e nem trabalho em prefeitura. O importante é que a Câmara Municipal de Ponta de Pedras tem um site e está disponível para consultas, falta os ponta-pedrenses visitarem e ajudarem a melhorar, seja com elogios ou não, porque só assim, os responsáveis saberão se estão no caminho certo.

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

TURISMO EM PONTA DE PEDRAS.



Recentemente um amigo e sua família resolveram "conhecer" a Ilha do Marajó. Foram para Belém e de lá para Soure. Quando voltaram, perguntei para ele se tinha conhecido Ponta de Pedras e a resposta foi não. Então disse-lhe que não tinha conhecido o Marajó. Em resposta, ele disse que não viu nenhum pacote de viagem oferecendo passeios para PP e que se tivesse visto provavelmente teria ido, já que enalteço as belezas do meu Torrão sempre que posso. Resolvi procurar na Internet pacotes para Ponta de Pedras e realmente não encontrei. Fui mais além, tentei comprar pela Internet as passagens de barco e alugar um hotel, sem recorrer aos amigos nem familiares. O Hotel foi fácil, mas a passagem não foi possível. Resolvi consultar o Portal da Prefeitura, pois sempre que viajo para um município é o primeiro local que consulta, pois ali encontro a maioria das informações para uma pessoa que visita uma cidade pela primeira vez. No portal da prefeitura também não tem nada que possa ajudar quem deseja visitar Ponta de Pedras, e mais, não encontrei uma Secretaria de Turismo, um Departamento ou outro local que tivesse alguma informação que ajudasse e incentivasse alguém a conhecer a nossa Cidade. Como já tenho alguns sábados, sei que o Município tem muitas belezas para mostrar, contudo, parece que a era da internet ainda não tem nenhuma utilidade para mostrar com fotos e filmes as belezas naturais de que tanto nos orgulhamos. Existe na Cidade bons fotógrafos que poderiam ser contratados para fotografar lugares que poderiam ser visitados e essas fotos mostradas no Portal da prefeitura. Da mesma forma, alguém da prefeitura poderia ser encarregado de estabelecer roteiros de passeios, com embarcações previamente escolhidas para serem alugadas para os interessados, essas embarcações poderiam ser fotografadas e mostradas no Portal. Os horários das embarcações que transportam cargas e passageiros deveriam constar no portal, assim como o preço das passagens e os locais e facilidades para se comprar as passagens. Para mim isso é de extrema simplicidade e nem precisa de uma pessoa altamente qualificada para fazer isso, basta interesse de alguém que participe da administração municipal ou será que fazer isso é tão difícil assim? O certo é que, se alguém estiver interessado em visitar Ponta de pedras, vai encontrar alguma dificuldade. É triste, mas é a realidade. 

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

POR ONDE ANDARÁ O B/M RAIMUNDO MALATO?




Certa vez passei ali pelo Furo da Mucura e cruzamos com o B/M Raimundo Malato, essa foto registra o momento. Essa embarcação já prestou muito serviço aos meus irmãos ponta-pedrenses e hoje, não sei por onde está e nem como está. Mas esteja como estiver, é bom lembrarmos como um administrador pode selecionar dentre as várias necessidades, aquelas que serão mais uteis para a população, principalmente quando não se tem recursos para resolver todos os problemas que atingem os munícipes. Hoje constatamos outras embarcações mais modernas que fazem o transporte de carga e passageiros para Ponta de Pedras, mas, pelo que tenho acompanhado, parece que está longe de deixar a população satisfeita. Não sei não, mas se o Raimundo Malato tivesse sido bem conservado, ainda poderia estar prestando algum serviço para os moradores do município, quem sabe até servindo como uma escola flutuante, onde pudesse levar conhecimento para aquelas pessoas que nem sempre podem se deslocar até a sede do município, principalmente os mais jovens. Uma ação como essa, levar informação e conhecimento para as pessoas, certamente fará uma grande diferença entre o hoje e o amanhã, tal como o Sr, Antonico imaginou quando mandou construir o Raimundo Malato e criou a banda de música, mesmo com poucos recursos. Os governantes atuais dificilmente conseguem imaginar algo que não dê visibilidade imediata e com isso, possibilitar angariar alguns votos para uma próxima eleição. É triste, mas essa é a realidade.

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

NECESSIDADES DO MEU POVO.

NECESSIDADES DO MEU POVO.
Os futuros candidatos a Prefeito de PP já estão em campanha e não demora muito aparecerão os planos de governo, papelotes com inúmeras promessas que logo são esquecidas, caso o candidato seja eleito. Eu não mora em PP, não por vontade, mas sim por circunstâncias, contudo, acompanho ainda que parcialmente a vida política do meu município, apesar das informações serem vasqueiras, pois os políticos ponta-pedrenses ainda não conseguiram se adaptar às facilidades que hoje existem para se divulgar os municípios e os feitos dos políticos, quando esses têm algo para mostrar.Como sou do interior, pois nasci no Igarapé Giticateu, tenho observado que nos planos de governo, de um modo geral, os candidatos fazem promessas considerando as necessidades constatados apenas na sede do município, o interior geralmente fica esquecido, dando a entender que a pessoa que mora fora da sede não tem necessidade. Eventualmente vemos alguma obra numa comunidade, mas não tenho conhecimento de nenhum serviço de limpeza de um igarapé, por exemplo, para facilitar a passagem das embarcações das pessoas que usam o igarapé como via para ir e vir para casa. Será que essas pessoas não precisam da ação do poder municipal ou será que eles não têm necessidade? Cito um exemplo presenciado por mim: numa das minhas viagens a PP, fui passar um dia no interior e para chegar-se à casa onde fiquei, temos que usar um igarapé. Durante a minha permanência no local, a dona da casa precisou ir a PP fazer compras, saiu com a maré cheia e quando voltou, já com a maré vazando, relativamente baixa, não foi possível chegar até ao porto, pois os vários troncos e árvores caídas no leito do igarapé impediram a passagem da embarcação. Para ficar mais próxima da casa, foi necessário a pessoa descer da embarcação e "puxar" a mesma para ultrapassar as árvores, deixou a embarcação amarrada e foi pela lama até a sua casa, com as compras na cabeça. Será que se o poder municipal fosse na localidade com uma motoserra e cortasse a árvore caída não facilitaria a vida da pessoa? Mas não ficou por aí, durante a volta, com a maré cheia, os galhos das árvores dificultavam muito a navegação, fazendo com que a todo momento o motor fosse reduzido para se fazer a manobra para preservar a segurança dos passageiros,pois algum galho poderia ferir alguém. Talvez se os galhos fossem podados, a navegação ficaria bem mais fácil e segura. Não estou dizendo que o poder municipal tenha que resolver todas necessidades dos moradores de PP, mas que, de vez em quando, olhe para as pessoas que residem fora da sede do município, principalmente aqueles mais isolados, porque eles também votam, pagam impostos e portanto, devem ser aquinhoados com os serviços prestados pelo poder municipal, isso não é um privilégio, é UM DIREITO.

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

O PROBLEMA DAS CALCINHAS..
No vídeo abaixo, a Ministra Damares tenta explicar a polemica sobre a sua fala em relação ao Marajó em que afirmou "Especialistas chegaram a falar para nós que as meninas lá são exploradas porque elas não têm calcinhas, elas não usam calcinha porque são pobres”.". Certamente não foram as palavras adequadas para citar um dos problemas existentes nos municípios marajoaras, ela foi apenas infeliz e demonstrou ter pouco conhecimento da realidade dos municípios brasileiros, pois se conhecesse, não teria citado palavras de outra pessoa, conforme ela mesmo afirma. Quem é do Marajó como eu e já visitou 14 municípios da ilha, faltando apenas Afuá e Chaves para conhecer os 16, sabe que não serão fábricas de calcinhas que irão resolver os problemas do povo marajoara, embora se forem instaladas 16 fábricas, uma em cada município, seria ótimo. Como vivemos num país capitalista, provavelmente nenhum empresário fará isso com os seus recursos, pode sim, investir com dinheiro do governo e aí o próprio povo pagará a conta. Levar o Programa Minha Casa Minha Vida não me parece algo inusitado na região e me parece um pouco estranho porque, se os pais de família não têm dinheiro para comprar calcinhas para as suas filhas, como pagarão as prestações da casa própria? É bom, mas pode resolver um pequeno problema e criar um bem maior. Inúmeros Programas de governos tentando obter respostas imediatas para os problemas do Marajó já foram tentados e o Marajó está aí, no mesmo, será que agora teremos mais desperdício de dinheiro do povo? Vamos aguardar. As pessoas que não gostaram da fala da Ministra, deveriam apresentar ideias que pudessem melhorar a vida dos marajoaras, não de imediato, pois as soluções imediatas são passageiras, seria bom tentar abordar os problemas na origem para daqui a uns anos obter os resultados e daí em diante o Marajó ir melhorando aos poucos, mas não vi nenhuma liderança marajoara comentar nada, não li nenhuma opinião de prefeito nem vereador dos 16 municípios, mas suponha que cada marajoara tenha uma ideia para ajudar os seus irmãos. Se eu pudesse conversar com a Ministra, eu diria para ela que o Marajó até precisa de dinheiro e isso ajudará muito a enfrentar problemas imediatos, mas não será sustentável porque ninguém vai ficar dando dinheiro para ninguém eternamente, a única riqueza que é eterna é o CONHECIMENTO, esse sim, acompanha a pessoa ao longo de toda a vida e quem tem conhecimento e faz um bom uso, não precisa de ajuda de governo, pois o conhecimento é ferramenta mais que suficiente para a pessoa conseguir recursos para sobreviver. A Ministra deveria pensar nisso.https://observatoriog.bol.uol.com.br/noticias/2019/08/em-video-damares-fala-sobre-a-polemica-das-calcinhas-para-evitar-estupro-e-desafia-fafa-de-belem?fbclid=Iw

segunda-feira, 4 de março de 2019

ALGUNS EMPREENDEDORES PONTA-PEDRENSES PARECE QUE ENCONTRARAM O REMANSO


Empreendedoriamo basicamente é o processo de iniciativa de implementar novos negócios, enquanto remanso, tão comum para nós, é aquela parte da beira de um rio em que a maré se movimenta em sentido contrário ao fluxo normal do rio, isto e, se a maré está  vazando, no remanso, a maré se movimenta em sentido contrário.
Me parece que alguns empreendedores em Ponta de Pedras (PP), contrariando o velho hábito, estão abrindo novos negócios e oferecendo aos ponta-pedrenses novos produtos.
Quando visito PP, geralmente dou umas voltas pela Cidade, dou uma passada no Carnapijó; aprecio o rio ali pelo Ponta de Certo; tomo um mingau ali pela feira; vou até ao Fim do Mundo; passo pela ilharga do cemitério e, às vezes, dou uma espiada na Mangabeira. Nessas minhas andanças, é possível ver como o Prefeito está administrando a Cidade e se as pessoas, de uma maneira geral, estão ganhando dinheiro.
Comentar sobre a administração municipal não é necessário, até porque não é o meu objetivo. O meu objetivo é tecer alguns comentários sobre o empreendedorismo municipal. Observando por onde andei, é fácil verificar que existem inúmeras vendas, a maioria oferecendo os mesmos produtos: farinha, cachaça e eventualmente açaí. Existem vendas que oferecem mais produtos, ai tem pão, açúcar, café, sabão, querosene e por ai vai, são os mesmos produtos encontráveis nas vendas lá na “frente”, até um pouco mais barato. Muitas vendas têm uma aparência “cansada”, talvez pelo pouco movimento e até algumas vendas localizadas na frente da Cidade, precisariam de melhorias e quando tacas-se no assunto sobre uma reforma, vem logo a velha máxima: “é... a Prefeitura não ajuda” e assim, permanece praticamente inalterado, quando muda é muito pouco.
De uns tempos para cá, alguns corajosos, parece que se conscientizaram de que não é atribuição da Prefeitura ajudar a pessoa a montar o seu negócio, a empreender, e assim, temos constatados algumas iniciativas que merecem ser parabenizadas. Não possa citar todas boas iniciativas,mas as lanchonetes que ficam próximas ao trapiche; o restaurante do Tidi e agora a Tapera do Rony, são empreendimentos que diferem da mesmice de sempre.
Há muito que lembro da necessidade de novas opções de produtos para oferecer ao povo, pois o mercado sempre é bom para novidades, principalmente quando essas novidades atendem a  determinado grupo de pessoas, pois sempre tem alguém com vontade de consumir algo, mas é preciso que outro alguém seja capaz de descobrir essa necessidade e disponibilize o produto.  
Ainda tem mercado para inúmeros empreendedores oferecerem os seus produtos e, da mesma forma, existe um grande número de pessoas precisando comprar, basta aparecer o produto e atender a necessidade da pessoa.
Finalmente, nunca é demais lembrar que, no capitalismo, somente os melhores conseguem se firmar, mas isso não é difícil entender, basta ter em mente que, quem oferece um produto deve oferecer o produto de boa qualidade e com prerço justo, pois a pessoa que oferece um produto para venda, não aceitaria consumir um produto diferente das condiões anteriormente citadas, já que o vendedor também é consumidor. Essa necessidade implica melhorias constantes, seja na qualidade do produto, nos preços ou nas instalações, de tal maneira que o empreendimento tenha algo de especial a oferecer e cative cada cliente, pois é o cliente que faz as pequenas empresas tornarem-se verdadeiros impérios.   


domingo, 3 de março de 2019

LEMBRANÇAS DO MEU INTERIOR: AS DUAS ORQUESTRAS.


Sinquidia, após o almoço, tirei a minha pestana e quando acordei, liguei a TV. Estava sendo apresentada uma orquestra com vários instrumentos. Tinha violinos, clarinetes, saxofones, pratos, tuba e outros instrumentos, todos distribuídos segundo seus naipes. Na frente da orquestra, um senhor aparentando já ter vivido alguns anos, comandava. Com a batuta na mão, ao movimentá-la numa direção, determinados instrumentos eram acentuados, se noutra direção, sobressaiam outros instrumentos, se levantava os dois braços ouvia-se os instrumentos ao mesmo tempo e no final, lentamente, o maestro ia abaixando os braços, com movimentos suaves e os músicos iam diminuindo o som dos seus instrumentos até o maestro fazer um movimento com a batuta e sinalizar, para os músicos, o final da música. Uma cortina ia se fechando à medida que os aplausos irrompiam na plateia. Houve um breve silêncio até iniciar outra música. Exatamente durante o silêncio eu lembrei do meu interior.
Quando ainda gito, também após o almoço, geralmente aquele bom açaí com camarão frito ou peixe assado, era costume tirarmos a nossa pestana e ai daquele que fizesse alguma zoada! Minha Mãe só dava um hum!!!!!!!!!!..Era o sinal para fazer silêncio total. Quando acordávamos, ouvíamos alguns chincoãs, eventualmente algum gavião com fome ou araçarís, até o tucano, do alto de um árvore, anunciar que era hora dos músicos da orquestra do meu interior se reunirem. Aos poucos, como na orquestra da capital, os músicos começam se apresentar, era o curió e o tem-tem na mangueira, as pipiras nas goiabeiras, o rouxinol na copa do meritizeiro, o inambu com o seu grave na capoeira e eventualmente.ouvia-se os periquitos e papagaios na comedia. Na medida que ia entardecendo, a cigarra entrava com o seu solo e logo depois ouvia-se a saracura lá pro igarapé, era sinal que a noite estava chegando. Nessas horas, como se o maestro levantasse as duas mãos, as garças se alvoraçavam no aturiazal, as guaribas faziam um alarido como um coro, o socó-boi dava aquele grave lá pra cabeceira da baixa e as ciganas, ao pularem nos galhos das momoranas era como os pratos da orquestra da TV. Mais tarde, já escuro, o arapapá iniciava a sua apresentação, seguido pelas corujas que anunciavam a proximidade do fim do espetáculo. Em casa, após a reza antes de dormir e as bençãos de Pai, Mãe e irmão mais velho, começávamos adormecer, mas ainda podia-se ouvir o barulho das folhas do açaizeiro mexendo, como se fossem aplausos, eram as mucuras que estavam saindo para mariscar, mas pra nós, a cortina ia se fechando e caíamos naquele sono profundo até o dia amanhecer. Final do espetáculo! O enxerido, pra não perder o seu enxerimento, pode perguntar: - Mas faltou o maestro da tua orquestra do teu interior! Eu digo para os enxeridos que não faltou nada, o maestro estava presente e comandando tudo, pois o Maestro da Orquestra do meu Interior é DEUS.