terça-feira, 1 de novembro de 2011

FESTA NO INTERIOR.


Recentemente estive em Blumenau, para conhecer a Oktoberfest, evento realizado anualmente pela comunidade alemã naquele Município. Não fiquei abismado, pois, já fui em eventos muito bonitos quanto àquele. O Círio de Belém, o Carnaval do Rio de Janeiro, o Natal Luz de Gramado,a Festa do Bom fim na Bahia e os vários círios que já tive oportunidade de acompanhar pelo interior do Pará, são muito bonitos e cada um tem sua particularidade, mas a Oktoberfest  achei diferente, por isso, estou dando meu testemunho aqui.
O espaço para o evento é um pavilhão construído num terreno de 26.000 metros quadrados, esse imenso pavilhão foi dividido em três setores, onde as pessoas se divertem cantando, dançando, comendo e tomando muito chopp, muito chopp, é claro!                                              
Durante minha permanência por lá, não vi uma única pessoa embriagado e olha que chopp era o que não faltava, de excelente qualidade e ao preço de R$ 4,50 o copo, era só comprar um tiket numa bilheteria, escolher o chopp e beber à vontade, não soube que tenha faltada a bebida.Pessoas de todas as idades brincavam com alegria, fossem crianças, jovens, adultos ou pessoas de terceira idade. Algumas vestidas a caráter.
 Nos tres palcos existentes, um em cada setor, não faltava música, principalmente do folclore alemão. Para mim, do Giticateu, que estava acostumado dançar forró, bolero e merengue nas festas da Joana, no Carnapijó, pareceu estranho, mas para aquele momento, era contagiante ver como o pessoal dançava com aquelas bandas infestadas de instrumentos de sopro. Uma banda que veio de Munique especialmente para a festa, deu um verdadeiro show.



Aquele haver de gente bebendo chopp e comendo joelho de porco, marreco ou outra comida típica, parecia que estava bebendo água ou bebendo açaí com piramutaba frita, só com uma pequena diferença: se por descuido, entornasse um copo de chopp no chão, imediatamente era limpo. As várias mesas dispostas, com bancos de um lado e outro para as pessoas sentarem e comerem enquanto apreciavam as danças típicas, igualmente, estavam sempre limpas. Eu já disse que não vi nenhum porre? Fumante, também não ví.


Ainda sobre os setores, com um pé direito de dar inveja a qualquer padre, querendo que a sua igreja tivesse um teto daquela altura, pra variar, era ar condicionado. Chique não?
Dos três setores, os setores um e dois ficaram para a brahma vender seu chopp e o setor tres era o quente, com chopp artesanal, ali bamburrava chopp gostoso, que normalmente não vejo amiúde. Num papelzinho, anotei o nome de alguns deles, vejam só: eisenbahn, bierland e wunder bier, de Blumenau; das bier, de Gaspar e scharnstein, de Pomerode. Se encontrarem por aí alguns desses, provem sem susto, mas eu gostei muito do eisenbahn. Tinha até chopp feito de vinho, mas eu não provei, deixei como motivo para voltar. Aí vocês perguntam: e com tanto chopp, não tinham ninguém fazendo xixi na parede? Banheiro limpo era o que não faltava e todo mundo na fila, esperando sua vez.

Ainda podemos pensar que nessa confusão, os casais poderiam esqueçer a camisinha em casa, mas os organizadores pensaram nisso, tinha camisinha disponível para todos, eu fiz o meu agá, tirei a minha.
Na cidade, os hotéis, num computador, na entrada, disponibilizavam informações sobre a festa, como distribuição dos setores, história da festa, preços dos ingressos (inteira R$ 6,00 e meia R$3,00) e outras informações. As corridas de táxis eram tabeladas, não eram caras.
Fora do Pavilhão tinham inúmeras lojas vendendo tudo alusivo a festa e mais comidas. Tinha um parque e mais um setor na parte externa.
Ainda tinha o desfile típico na rua XV de novembro, uma beleza, onde chopp era distribuído para os que estavam assistindo, eu aproveitei. Su du sítio mas num su bubo!


Saí com uma pergunta: guardado as devidas proporções e considerando as particularidades de cada festa e local, por que meu Deus, em nossos municípios ribeirinhos,não podem ser assim, pelo menos um pouquinho?
Agora me deem licença, vou preparar-me para encarar a estrada, vou de carro passar o círio da minha querida Ponta de Pedras, na Ilha de Marajó,serão 3.100 Km até Belém e depois mais umas 3 ou 4 horas de barco até Ponta.
Sobre a festa em Ponta de Pedras? Se Deus permitir, depois eu conto. 
Fiquem vendo uma dança típica que filmei durante a oktoberfest 2011.

01nov2011.  

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