quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

A ÁRDUA MISSÃO DOS NOVOS PREFEITOS.


Em 2010, eu e minha mulher, juntamente com um casal de amigos, fomos assistir ao Natal Luz, em Gramado(RS). Um belo dia estacionamos nosso carro numa rua no centro da cidade, verificamos ao redor e não vimos nenhum guardador de carro nem flanelinha, imaginamos que poderíamos estacionar sem nenhum problema. Fechamos o carro e fomos visitar determinado local. Quando voltamos para pegar o carro, tinha um papel preso no parabrisa, orientando o responsável pelo veículo a comparecer num órgão do departamento de trânsito local. Fomos no endereço informado no documento e ao chegarmos, fomos recebidos por um cidadão que gentilmente explicou que, o motivo da solicitação da presença do proprietário do veículo naquele local, foi porque não foi pago o estacionamento. Argumentamos que deixamos de pagar porque não vimos nenhuma pessoa responsável pela cobrança. Ele prontamente acatou e disse que em Gramado, não tinha uma pessoa responsável pela cobrança. Deveríamos procurar um caixa eletrônico localizado nas proximidades, informar o período que desejávamos ficar estacionado, pagar e anexar o comprovante no parabrisa do carro, pois uma pessoa passava constantemente pelo local e verificava se o veículo tinha autorização para estacionar naquele local, caso não tivesse, seria multado. Fomos dispensados da multa, mas pagamos o estacionamento e como nós existiam outras pessoas tratando do mesmo assunto.
Já se vão completar seis anos e não sei se algo mudou durante esse período, mas é importante frisar que, já em 2010, existia municípios que além de ter órgão de trânsito devidamente organizado, tinha um sistema de cobrança relativamente moderno. Hoje, em Niterói, onde existe estacionamento pago por todo lado, a cobrança é feita por uma pessoa que marca as horas que você deseja ficar estacionado e cobra três reais e cincoenta centavos por cada período de duas horas. Noutros locais, a população está nas mãos dos flanelinhas que, em certos casos, exageram na cobrança, quando não danificam o caro. Outros municípios, como Ponta de Pedras, nem órgão de trânsito tem e os proprietários de veículos param onde bem entenderem. Parece um pouco estranho, mas isso é o Brasil, com suas peculiaridades e suas diferenças. Mudar alguma coisa nos municípios, principalmente nos menores, se possível para melhor, é a árdua missão dos novos prefeitos que assumirão dia 1º de janeiro de 2017.

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