quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

OS JUROS DE CADA DIA.

Ano passado participei de um seminário organizado pela Igreja Adventista do Sétimo Dia e durante o evento, os organizadores ofereceram diversas reuniões onde se abordavam assuntos diversos. Dentre essas reuniões, eu participei de uma que abordava a organização das receitas e despesas familiares. Foi ótima, tinham uns 20 participantes e pelo que observei, todos com alguns anos de experiência. O que me deixou um pouco surpreso foi o pouco conhecimento demonstrado pela maioria quando o palestrante falou dos juros de um modo geral. Observei que as pessoas, pelo menos as que estavam na reunião, pareciam desconhecer que um banco é uma empresa que atua num ramo de negócio e portanto visa lucro! Lucro, quanto mais melhor para a empresa. Reclamar que os juros estão altos é o mesmo que reclamar que um determinado produto, vendido no comercio está caro, isto é, é caro porque tem quem compre por aquele preço, porque se não comprassem, talvez o preço caísse. Alguns culparam o Governo pela alta dos juros, mas esqueceram que o governo é um dos principais tomadores de dinheiro emprestado, e com juros altíssimos, daí o banco preferir emprestar para o governo do que para o participar, pois emprestando para o governo o banco tem certeza que receberá, logo, para emprestar para o particular o juro é maior. Alguns participantes, tinham vários cartões de crédito para flexibilizar as datas de pagamentos, mas grande parte pagava só o mínimo, deixando que os juros incidissem sobre o saldo devedor, é aí que se inicia a "bola de neve" e muitos sequer atentavam para isso. Alguns afirmaram que compravam no "crédito" e deixavam o dinheiro na poupança para "render". Essas mesmas pessoas parece que se assustaram quando o palestrante disse que estavam perdendo dinheiro, pois comprar no débito, de um modo geral, dá 5% de desconto, bem maior que o rendimento da poupança. Durante a palestra foi comentado como os supermercados agem para fazer a pessoa comprar mais do que precisa e para se precaver contra esse impulso, uma lista das necessidades ainda é o melhor remédio. Mas os juros foi, sem dúvida, a minha surpresa e o melhor remédio para combater os juros, é evitar usar o cartão sem necessidade extrema. Em vez de comprar porque tem o cartão, a recomendação é: faça sacrifício, junte o dinheiro e tente comprar à vista, é difícil, mas a pessoa pode ter até um pequeno desconto que poderá ser considerado lucro.

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