domingo, 18 de dezembro de 2011

O BAR DO ODU.



Não sei se voces conhecem os senhores Lucival Bandeira e Oduvaldo Bandeira, aparentemente pouco conhecidos. Entretanto, se falarmos no Daco e no Odu, aí tudo fica mais fácil. Como sabemos, o Daco (Lucival) e Odu (Oduvaldo) juntamente com o Coeno e outros irmãos, são filhos do Sr. Lindolfo Bandeira, célebre pela tranquilidade ao falar com as pessoas e pelos inúmeros “ponteiros” que enfrentou na cana do leme da Patativa.
Este ano, o Bar do Odu, como é denominado o estabelecimento da família Bandeira, localizado ali na pracinha, não só atendeu aos anseios dos pontapedrenses em pintar seu bar, como foi além. Com bastante criatividade, relembrou nas paredes do balcão do bar garités que fizeram parte da história do nosso Município. Não teve como objetivo mostrar uma obra de arte, mas sim, um trabalho nativo, feito por um morador do lugar. O artista que mostra sua arte através de pinturas simples, mas significativas, é o Sr. Lopes, filho do Sr. Pitíco, como é mais conhecido.
Eu, soudosista como sempre, gostei das pinturas e além de PARABENIZAR a família Bandeira, mostro para voces o trabalho existente no Bar do Odu para que todos pontapedrenses apreciem e relembrem um pouco das garités e seus proprietários que faziam as viagens para Belém carregando açaí e eventualmente disponibilizando as camarinhas para os marinheiros de primeira viagem, mas era o que tínhamos naquela época, boa por sinal. Vejamos:
a)     Patativa – Propriedade do Sr Lindolfo Bandeira, ele mesmo pilotava. 
 
b)    Vespertina – Pertencia ao Sr. João Gomes que também era o piloto.


c)     Maringá – Era do Sr. João Ramos e quem pilotava era o Pedro do Bidi.




d)    Sincera – Pertencia ao Sr. Miguel Martins.


e)     Luz da Esperança – Propriedade do Sr. Fernando Everdosa, e


f)      Original – propietário Sr. Luiz Pezudo.


 A oportuna lembrança da família Bandeira ao mostrar quadros dessas embarcações na parede do balção do Bar do Odu, é sem dúvida motivo para que outros comerciantes alegrem seus estabelecimentos com outros temas, ou mesmo outros meios de tornar nossa Cidade mais alegre e manter nossa cultura viva em nossas memórias.
Observando a parede do Bar do Odu, vemos que tem uma pintura de um saxofonista que o Daco afirmou tratar-se de uma homenagem ao seu avô sr. João Bandeira, exímio instrumentista, como o neto.
Dificilmente veremos garités como as acima mencionadas,entretanto,  embarcações de madeiras continuarão navegando em nossos rios, pois, já ficou provado que, na Amazônia, a madeira ainda é o melhor material para fazer embarcações, dado as particularidades da região. Nosso Município certamente continuará possuindo belas embarcações feitas por mãos habilidosas como as do Sr. Raimundo da Silva Ribeiro, nascido no Municipio de Cametá e que escolheu Ponta de Pedras, como local para desenvolver sua arte de grande mestre na construção de belas embarcações. Ao Sr. Cametá, como é mais conhecido, muito obrigado.  

                  Cametá juntamente com a homenagem ao sr. João Bandeira.

Finalizando, seria bom que exemplo como da família Bandeira, sempre que possível, fosse seguido e a Cidade só teria a ganhar.
Pensem nisso.
18DEZ2011.   



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