domingo, 2 de outubro de 2011

RIQUEZA PONTAPEDRENSE


 
“……Os dois portugueses, lesados no ajuste, iam se embrabecendo. Mas menos lesados foram ficando ao descobrir ali perto, tão exposta, parecendo muito à mão, a cabocla descalça, dessas de serventia de  famílias. A quem logo jogaram pilhérias, foram pilheriando, pilheriando, Libânia a fazer que nem seu Sousa, mouca. Um deles, então, largou do balde, renteou a pequena e zás! Lhe deu, não onde queria, foi no lado da coxa mais no pano do vestido, lhe deu um beliscão. Mas pra quê! Ela saltou, cega, escura, com o balde d’água suja sobre o homem, deu gritos, virou tinas, atirou vassouras, sabão, paus, lixo, e cuspiu nos homens, obrigados a sair para a rua, corridos, à espera que tal onça se acalmasse..”

Belém do Grão-Pará/Dalcídio Jurandir.

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