sexta-feira, 5 de outubro de 2012

DESVIOS DE VERBAS DE PREFEITURAS TEM SOLUÇÃO?



Com a proximidade das eleições municipais, vemos em todo o Brasil os pretendentes aos cargos de Prefeitos e Vereadores se empenhando para conseguirem fazer parte de um seleto grupo – os das pessoas que têm acesso às verbas públicas ou que de alguma forma, podem se beneficiar do cargo, sem deixar de mencionar os bons salários que irão receber. Salvo raríssimas excessões, poucos Prefeitos ou Vereadores apresentam um trabalho que justifique sua permanência no cargo ou que mereça exercê-lo, no entanto,uma vez empossado, só deixa o cargo por imposição de alguma determinação, pois enquanto puderem, lutam com unhas e dentes para usufruir das benécias que o cargo oferece. Alguns deixam bons empregos, empresários deixam em segundo plano seus negócios, banqueiros, fazendeiros bem- sucedidos, todos lençam-se à carreira política e não medem esforços para conseguirem se eleger.
Com o término do mandato, com algumas excessões, nota-se que a pessoa foi tão bem sucedido na administração do seu patrinômio que às vezes salta aos olhos e noutras, os escândalos vêm à tona e assim fica demonstrado o real interesse do esfôrço de algumas pessoas optarem pela política – a grande facilidade de desviar dinheiro público ou de beneficiar-se do cargo, com conchavos, onde de alguma forma fique rico fácilmente, sem levarmos em consideração que ainda se aproveita para por parentes e amigos para conseguir retirar mais dinheiro que deveria ser aplicado em benefício da população.
Aí, um caboclo lá do Giticateu pergunta: Antão proque num si invita isso, proque num se faz cumo lá in casa, onde fazemos um pintero pras mucuras num pegarem us pinto? Pois é, lá no interior, é comum as donas de casa criarem pintos e se não for dado a devida atenção, as mucuras e outras animais, acabam roubando os pintos para se alimentarem (Quem dera que na política fosse assim, roubassem por necessidade), no entanto, o dono da casa, que é o administradar do patrimônio da família (prefeito), cria mecanismos para evitar que estranhos venham roubar aquilo que está sob sua responsabilidade.
Os filhos(Poderíamos compará-los aos vereadores),que igualmente têm responsabilidades de zelar pelos bens da turma, ajudam a impedir que algum intruso venha roubar aquilo que às duras penas foi amealhado. É comum no interior, a dona da casa mandar algum filho, quando não tem vai ela mesmo, soltar os pintos e contar pra verificar se ainda estão todos e nenhum foi surripado,isso normalmente é feito pela manhã ao alimentar os galináceos e à tarde ao prendê-los. Isto é de extrema importância porque é preciso exercer um CONTROLE sobre os xerimbabos, daí, se for constatado alguma falta verifica-se qual foi a causa.Se foi durante a noite, algum animal entrou sorrateiramente no pinteiro e surrupiou um pinto, aí conserta-se o pinteiro; se foi durante o dia e nesse caso as possibilidades de sumiço são muitas, controla-se a saída dos pintos da ilharga da casa para evitar desaparecimento, evidentemente isso é uma atribuição de todos. DEVE EXISTIR CONTROLE E SUPERVISÃO da ninhada senão a vaca vai pro bejo.
Embora pareço piada, mas este é o principal motivo do desaparecimento das verbas públicas, não existe CONTRÔLE nem SUPERVISÃO das verbas que poderiam ser empregadas em benefício da população.
Para se ter uma ideia, poderíamos tentar verificar quantas vezes a Prefeitura já fez uma inspeção minuciosa nas diversas Secretarias da Prefeitura, procurando detetar eventuais falhas nos diversos setores. Será que existem roteiros para se fazer essas inspeções? A Camara Municipal, como órgão de contrôle externo do executivo, já fez alguma inspeção (Auditoria) na Prefeitura, semelhante a que a Controladoria Geral da União (CGU) faz? Existe, na Prefeitura ou na Camara algum manual explicando procedimentos para se fazerem essas inspeções? Certamente que não.Ora, aí está a grande falha.
Como é possível, grandes empresas como bancos ou orgãos como as forças armadas, dificilmente ocorrerem desvios de verbas? É simples, as constantes inspeções não permitem que haja desvios, são detetados, a pessoa punida e a falha é consertada, em seguida, cria-se um mecanismo para evitar que novo desvio ocorra, não raro, as pessoas envolvidas são substituídas. Nas Prefeituras isso não acontece, Vereadores e Prefeitos que reconhecidamente não servem para administrar recursos públicos nem contribuem em nada para a melhoria municipal, continuam nos cargos, a população os elege constantemente, parece que está alheia ao desinteresse que essas pessoas têm pelo cargo, pois, estão alí somente para se beneficiarem.
Evidentemente que nem sempre o parente de um executivo ou um filho de comandante ou chefe maior resolverá o problema, poderá sim, se tiver compatência, for treinado e faça por merecer estar ali, no entanto, se tal fato acontecer,de um modo geral, são pessoas que estudaram, tornaram-se especialistas e assim podem exercer com proficiência cargos de relevante responsabilidade. Já nas Prefeituras, isso nem sempre acontece, parece que tudo conspira para que nada seja controlado, pois, Camaras e Prefeituras, com raríssimas excessões, não disponibilizam dados relativos aos gastos das verbas publicas, mesmo existindo lei que determine esse ato, além do mais, o pessoal que está diretamento envolvido com manipulação de verbas, nem sempre são os mais capacitados.Às vezes, a falta de treinamento contribui para facilitar o desvio de verbas.
Respondendo à pergunto se existe como solucionar os desvios de verba das prefeituras, estamos carecas de saber que sim, basta que os admistradores tenham interesse e acerquem-se de assessores competentes e de boa índole, criem mecanismos que detetem possíveis falhas na administração e corrijam adequadamente, punindo exemplarmente os culpados quando tal atitude for dolosa, caso contrário, como certamente aconteceria no interior, deixando o pinteiro aberto e deixando de contar os pintos ou deixando a responsabilidade de administrar o patrimônio na mão de um irresponsável, certamente os pintos serão roubadas, tal qual as verbas públicas.
Pensem nisso.   



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