sexta-feira, 26 de outubro de 2012

SR. VEREADOR ELEITO, ESTEJA ATENTO PARA OS DESAFIOS DE UM NOVO CARGO.





 Ao longo da nossa vida, somos levados a exercer vários cargos, alguns relativamente simples, outros nem tanto, mas todos, de alguma forma, nos atribuem certo grau de responsabilidade. No serviço público por exemplo, a pessoa pode ser designado para assumir uma função porque a pessoa que estava ali foi promovida; a expectativa que temos é que o novo funcionário faça pelo menos o que vinha sendo feito pelo substituído, pois, como aquele foi promovido, tudo indica que desempenhava bem a função. Pode ser que a pessoa seja designada para uma nova função porque houve um remanejamento, comum no serviço público; aí o desafio já pode ser um pouquinho diferente, fica sempre a pergunto no ar - por que fulano foi substituído? Mas tem aquelas substituições que são feitas não por promoção, nem por remanejamento, mas sim, porque a pessoa não estava agradando. Na opinião do responsável pela substituição, a pessoa não vinha correspondendo no exercício do cargo e por esse motivo foi susbtituída.Aí a coisa muda de figura!
Seja qual for o motivo que levou a pessoa a ser substituída, o novo funcionário terá que provar que tem condições de exercer aquele cargo se quizer parmanecer e ser criativo se quizer ser promovido. Em linhas gerais é assim que funciona praticamente para tudo na vida, é só pararmos para pensar.
Nas eleições deste ano, ficou claro que o eleitor, dono dos votos que elegem os candidatos aos cargos de Prefeito e Vereadores, não estava muito satisfeito com as pessoas que estavam nos cargos, principalmente nas Camaras Municipais e resolveu fazer uma limpa, como foi o caso de Ponta de Pedras, onde 80% dos vereadores foram susbtituídos. Na Camara Municipal de Belém, foram aproximadamente 50%, lá, houve até reunião para discutir o assunto. Em Bom Jesus de Itabapoana, um Município do Rio de Janeiro, 89,23% dos eleitores anularam seus votos, o que demonstra que o candidato a Prefeito não preenchia os requisítos exigidos pelos eleitores; deverá ser realizada nova eleição e o candidato rejeitado não será candidato.
Diante desse quadro, os novos políticos, principalmente vereadores, devem ter em mente que o povo está mais exigente e atento ao desempenho de cada representante escolhido. Isso é muito positivo.
Considerando os nove vereadores eleitos em Ponta de Pedras, nota-se que houve uma mesclagem relativamente boa entre as diversas formações, já que não é exigido um determinado nível de escolaridade para o cargo, assim, temos pessoas com ensino universitário completo, pessoas com segundo grau, com primeiro grau e que sabe ler e escrever. Quanto às profissões que exercem, da mesma forma, houve uma mesclagem, temos funcionários públicos, professor, pescador, varejista e coveiro, todos em igualdade de condições após assumir o cargo de vereador, portanto com as mesmas responsabilidades.
Dos nove vereadores, dois foram reeleitos, portanto, já são da Casa, devem conhecer bastante o dia-a-dia da Camara, deverão ocupar as mesmas mesas e talvez despachar os expedientes que ainda estão no escaninho “entrada”.
Para os sete novatos, a chegada na Camara Municipal, enquadra-se naquele caso do funcionário que está assumindo a função porque o que estava ali não servia, foi mandado embora pelo dono do cargo, isto é, o povo não quer mais os sete que serão susbstituídos e escolheu sete novos representantes para seus lugares.
Até primeiro de janeiro de 2013, data em que tomarão posse nos cargos, os novos vereadores terão um bom tempo para se inteirarem dos desafios que os esperam, além dos subsídios, é claro.
Posso afirmar que o Município precisa muito de “sangue novo”, pessoas que estajam realmente interessadas em contribuir para melhorar nosso Município, pois, todos sabemos que são inúmeras as necessidades e os novos vereadores provavelmente devem saber disso.
Seria bom que todos vereadores tivessem consciência da confiança que o povo depositou neles ao elegerem seus representantes, e, na medida do possível, se empenhassem para corresponder a escolha de seus nomes para o cargo.
Ponta de Pedras, como qualquer município marajoara tem inúmeras carências, algumas necessidades certamente foram mencionadas pelos candidatos por ocasião da pelegrinação por votos, outras nem foram citadas, mas são igualmente muito importantes. Fora os trabalhos que os atuais membros da camara não fizeram, seja por qualquer motivo, cito por exemplo: as atualizações das leis municipais, que precisam ser revisadas e algumas feitas por determinação do Governo Federal ou por necessidade.
A Lei Orgânica do Município, na minha opinião, deve ser atualizada, a que eu tenho é de 2006, quando a Vereadora Raimunda Grande era a Presidente da Camara, os dados referente ao censo pontapedrense ainda consta que Ponta de Pedras tem 19.370 habitantes, porque são de 2003, quando todos sabemos que hoje o Município tem 25.999 habitantes, conforme senso de 2010. O Plano Diretor também precisa ser atualizado, o que eu tenho é de 2006. No plano consta que deveriam ser elaborados ou revisadas num prazo de quatro anos inúmeras leis e códigos que, se não foram, deverá ser feito agora. Não dá para afirmar se foi cumprido o que determina o Plano Diretor, isto é, se as leis e códigos foram atualizados ou elaborados,principalmente para quem mora distante como eu, porque Ponta de Pedras não disponibiliza na internet suas leis, onde todo cidadão possa consultar. A Camara Municipal de Ponta de Pedras, também não dispõe de um site onde se possa acompanhar o desempenho dos membros da Casa. Essas necessidades pendentes estão aguardando para serem implementadas.
Inúmeras são os desafios que os novos vereadores irão se deparar, certamente não serão tarefas fáceis, provavelmente alguns vereadores eleitos encontrarão dificuldades para trabalhar confortavelmente com determinados assuntos, seja por desconhecer, seja por falta de preparo, contudo, as atribuições de um Vereador são tantas que é fácil desempenhar um EXCELENTE  trabalho se a pessoa quizer realmente trabalhar e contribuir para o crescimento do nosso Município.
No entanto, caso o eleito, apenas esteja atrás dos subsídios que receberá pelo desempenho do cargo, e, em nada contribuir para que o povo veja necessidade da permanência dele na Camara, certamente será substituído, porque essa é a regra da vida: os bons ficam e sobem; os médios ficam estagnados e os desnecessários são dispensados. Sabemos que depois de um certo período, os que foram dispensados ainda podem voltar, mas eu sei que ninguém pretende deixar o cargo contra a vontade, portanto: HONRAR OS VOTOS QUE LHES FORAM CONFIADOS E DESEMPENHAR BEM O CARGO É A CERTEZA DO RECONHECIMENTO DO POVO, DONO DO VOTO E CONSEQUENTEMENTE A QUEM CABE ESCOLHER SEU REPRESENTANTE PARA A CAMARA MUNICIPAL.
Pensem nisso. 

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