sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

CONTERRÂNEO, CUIDE BEM DO SEU VOTO.

                        Prefeitura e Câmara Municipal de Ponta de Pedras.

No próximo ano, nosso Município elegerá seu novo Prefeito ou reelegerá a atual, quem sabe? A certeza, é que em 2016, o povo ponta-pedrense irá às urnas para escolher uma pessoa que administrará o Município durante um período de quatro anos.   Parece uma tarefa simples e pode até ser, se considerarmos apenas o ato de comparecer à seção eleitoral, ir até a cabine de votação e marcar o nome de um dos candidatos ao cargo. No entanto, se o eleitor pensar com mais critério, verá que a escolha da pessoa para administrar um município, qualquer que seja, deve ser um ato de muita responsabilidade e que requer uma boa dose de conhecimento, pelo menos sobre as intenções e o preparo da pessoa que está se candidatando.
Nosso Município não precisa de um super homem que, ao assumir, de imediato, pague todas as contas do Município, aumente os salários do funcionalismo, asfalte todas as ruas e abra novas estradas, resolva o problema da saúde e da educação, estabeleça as políticas públicas que tanto nosso Município precisa, enfim, resolva todos os problemas e mude de uma hora para outra Ponta de Pedras, não existe o messias tão esperado para resolver nossos problemas, sejamos realistas.
A pessoa ideal para administrar um município não existe, pois as pessoas, embora bem intencionadas são passíveis de cometer algum deslize, perfeitamente coerente com o comportamento do ser humano, pois sabemos que ninguém é perfeito e portanto, todos podemos cometer algum erro, isso é normal.
No entanto, o eleitor, deverá ter discernimento suficiente para evitar entregar a prefeitura do nosso Município para uma pessoa que não tenha compromisso com possíveis melhorias para nossa Terra, demonstradas por ocasião da campanha e que devido a pouca experiência administrativa não ofereça condições mínimas para que se possa acreditar que, aquela pessoa, saberá administrar corretamente os parcos recursos municipais.
Talvez possa parecer uma missão relativamente difícil, identificar uma pessoa bem intencionada e capacitada para desempenhar essa tarefa. Entretanto, devemos ter em mente, que determinadas pessoas, para serem selecionadas para determinados cargos, passam por uma série de avaliações, seja através de concursos, provas, entrevistas ou qualquer outra forma de seleção. Essas pessoas devem demonstrar que são capazes de atender as exigências que o cargo requer. Em política não se vê isso, o eleitor, a quem compete selecionar o pretendente ao cargo, parece não se preocupar com isso ou por não dispor de parâmetros para comparação, às vezes, vota numa pessoa que não tem o mínimo preparo para exercer o cargo. O resultado não poderia ser outro: uma péssima administração.
Não existe um manual onde se possa saber de antemão as qualidades de cada pessoa, mas, de um modo geral, os candidatos aos cargos nos municípios, são velhos conhecidos ou pessoas do convívio da maioria dos eleitores e certamente o eleitor conhece um pouco sobre o seu passado, sua atuação e suas promessas se eleito for. Basta que antes de exercer o seu direito de votar, cada eleitor, procure saber um pouco sobre cada candidato e após uma análise, escolha aquele que, naquele momento, lhe pareça ser o melhor candidato, mesmo estando sujeito a grandes decepções no futuro.
A experiência e a perspicácia de cada eleitor será seu principal “manual” de seleção, no entanto, cada pessoa ao longo da sua vida, vai deixando alguns rastros que dizem muito da sua trajetória e na falta de um manual que oriente ao eleitor escolher um bom candidato, pode-se tirar algumas conclusões da trajetória do candidato e assim, podemos contar com uma ajudinha extra na escolha, veja algumas dicas que podemos tirar da história de vida do candidato:
a)   Se o candidato já exerceu algum cargo público e se nada apresentou, provavelmente continuará assim se for eleito, não existe milagre;
b)   É bom analisar os apoios recebidos pelo candidato, porque uma vez eleito, terá que recompensar esse apoio, uma vez que não existe almoço grátis. Em política, existem acordos que serão cobrados mais cedo ou mais tarde, principalmente se o ajudado for eleito;
c)     É fundamental que um candidato a prefeito tenha um bom nível educacional, pois embora esteja previsto que, quem vota pode ser votado, uma pessoa com uma melhor formação terá maiores chances de desempenhar melhor o cargo. Prefeito é um cargo político, onde o poder de argumentação e entendimento é fundamental para o bom desempenho do cargo. Também é um cargo administrativo, que requer da pessoa, capacidade para exercer a governança municipal, formular estratégias, planejar, além de manter contato com diversos órgãos através de documentos bem elaborados e da mesma forma, com poder de argumentação fundamentado, ferramenta que não está disponível para qualquer pessoa;
d)      A pessoa tem que ser honesta. Embora seja difícil identificar essa característica numa pessoa, não custa tentar saber, principalmente se a pessoa já exerceu algum cargo eletivo. Nesse caso, verifique no site do Supremo Tribunal Eleitoral (STE), a declaração de bens do candidato dos últimos anos e verifique se o patrimônio do mesmo aumentou desproporcional durante os anos que exerceu o cargo eletivo. Se constatado um aumento substancial, desconfie, você poderá estar diante de um corrupto.
e) É fundamental que a pessoa seja transparente, pois sem transparência, é muito difícil acompanhar a administração municipal. Também não é uma tarefa fácil identificar uma pessoa opaca, aquela que faz tudo na surdina, na “calada da noite”, não presta conta dos gastos municipais e está sempre dizendo que a prefeitura está sem dinheiro, justificando assim, ausência de obras e soluções de algumas necessidades da população, só fazendo aquilo que lhe traz algum benefício político. Muitos candidatos prometem transparência e depois não cumprem o prometido. Mas se for candidato querendo se reeleger, aí fica mais fácil porque a Lei de Acesso à Informação (LAI), já está em vigor há bastante tempo, portando, deveria ser cumprida por todas as prefeituras e câmaras municipais, dessa forma, vereadores e prefeitos não podem desconhecer a existência do documento.
f) É importante que a pessoa demonstre ter conhecimento dos diversos problemas existentes no nosso Município, que apresente ideias possíveis de serem implementadas e que poderão minimizar as necessidades existentes. Apenas dizer que ama Ponta de Pedras, citar grandes feitos de parentes, prometer que fará isso e aquilo pela educação, saúde, segurança, asfaltará ruas, abrirá estradas e outras coisas mais, não é suficiente para se afirmar que uma pessoa será um bom prefeito. Devemos ter em mente que grandes obras, associadas à grandes promessas, requerem grandes recursos que, infelizmente, nosso Município não tem, assim, terá que buscar junto ao Governo Federal ou Estadual, no entanto, Ponta de Pedras, por falta de cumprimento de determinadas obrigações, está impedida de firmar convênios com qualquer órgão federal. Às vezes, uma proposta mais simples, mas possível de realização, contando com recurso municipal, é bem mais aceitável do que prometer simplesmente por prometer, sem dispor de verba e sem a preocupação com os recursos necessários para cumprir a meta prometida, pois certamente não serão realizadas. Os exemplos estão presentes no Município.
Finalmente, cada eleitor, por viver no município, tem certas obrigações que o fazem responsável pelos vários acontecimentos que ocorrem na sua comunidade, pois faz parte da mesma. Dessa forma, é importante que cada pessoa se mantenha informada sobre tudo que ocorre na sua comunidade, tenha conhecimento dos principais problemas, principalmente aqueles que requerem soluções mais urgentes e acompanhe junto aos candidatos se as demandas da sua comunidade fazem parte do plano de governo dos candidatos.
Outro aspecto importante é quanto às promessas que os candidatos a reeleição costumam fazer. Esses candidatos, geralmente costumam incluir como obras realizadas pelo seu governo, as obras que efetivamente foram feitas com verbas do Governo Federal ou do Governo Estadual, isso leva ao eleitor desavisado, a pensar que esse candidato a reeleição realizou grandes obras, quando na realidade  foram produtos dos vários programas dos governo federal ou estadual.
No entanto, como se trata de uma decisão pessoal e muito particular, a escolha do candidato pelo eleitor é soberana, mas convém lembrar que é sempre bom pensar bem antes de escolher porque depois, as consequências poderão ser desastrosas e difíceis de reparar. Pense nisso.



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