sábado, 13 de setembro de 2014

NOSSOS MÚSICOS.



                                            Músicos pontapedrenses.
Não sei se vocês concordam, mas se tem uma coisa boa que aumentou em Ponta de Pedras, foi o número de músicos. Hoje tem muito músico e alguns bons, que certamente não farão feio nos locais onde se apresentarem.
Há alguns anos atrás, fora as “orquestras” dos sapos que coaxavam ali pros lados da Olaria do Sr. Ovídio, principalmente quando terminava de cair uma chuvinha, Ponta de Pedras contava com os Manduquinhas e os Ceguinhos, que abrilhantavam os arastapés ai pela beirada. Outros músicos sabiam tocar, mas não participavam de nenhum conjunto, que eu lembre. Tinha o mestre Açúcar, Amanajás, o Daco e outros músicos que aproveitavam os cordões juninos para tocarem, como o Vadico, meu Pai, que tocava viola. Eram muito bons, fazem falta.
Com a criação da Associação Musical Antonio Malato, cresceu o número daqueles que encontram na música uma oportunidade de adquirir uma profissão e desenvolver seu talento musical, principalmente se considerarmos a banda de música da AMAM que vem encantando com as suas apresentações. O Conjunto Musical Catumbi no Choro, já com CD gravado, é um grupo que representa muito bem nosso Município.
Dessa forma, chega-se à conclusão de que, Ponta de Pedras, tem um bom material humano envolvido com música e poderia ser aproveitado melhor. Para isso, é necessário que se tenha projetos municipais onde esses profissionais possam ser utilizados e assim, possam obter algum ganho e ao mesmo tempo, oferecer à população, divertimento e cultura.
Considerando esse grande número de músicos e outros talentos que provavelmente estão aguardando uma oportunidade para aparecerem, nosso Município poderia considerar a possiblidade de realizar alguns eventos envolvendo esse pessoal. Tais como:
a)    FESTIVAL DE MÚSICA – Poderia ser idealizado um festival de música anual e divulgado para outros municípios participarem, com prêmios em várias categorias, tais como: cantor, cantora, cantor e cantora mirim, solista, banda ou outra categoria previamente escolhida. Claro, isso precisa de planejamento e o envolvimento da população, principalmente dos donos de pausadas, restaurantes, bares e demais comerciantes que certamente lucrariam com o evento é muito importante.
b)    MÚSICA NA PRAÇA – Este evento seria destinado aos pontapedrenses, isto é, mais doméstico. O evento poderia ser mensal, sempre em determinado final de semana, no primeiro, segundo, terceiro ou quarto final de semana. Para não ficar rotineiro, com os mesmos rítmos, as apresentações poderiam variar. Num mês seria chorinho, em outro MPB, em outro samba e pagode e assim por diante. Esta separação é boa para se conhecer o gosto da comunidade. Mais uma vez a participação da comunidade é fundamental.


                                 Reunião de músicos numa praça do Rio de Janeiro.
c)    FORMAÇÃO DE CONJUNTOS MUSICAIS – Aqui, é necessário selecionar dentre os vários músicos pontapedrenses, aqueles que têm talento para fazer parte de um conjunto musical para animar bailes dançantes na Cidade e outros locais, tal como acontece em Cametá. Poucos municípios por onde andei, dispõe de conjuntos musicais relativamente bons para animar festas. As aparelhagens ainda dominam com seus batidões. Essas aparelhagens, têm seu público cativo, mas temos que levar em consideração que nem todos gostam desse gênero musical e sendo assim, uma boa opção é oferecer outra alternativa e quem sabe festas com bons conjuntos não poderia fazer com que essas pessoas voltassem aos salões, como em outras épocas. Em Cametá, quando eu andava por lá, a presença de aparelhagens era bem reduzida, limitando-se mais às apresentações na Praia da Aldeia.
Não custa nada lembrar que para o êxito desses eventos a Prefeitura Municipal de Ponta de Pedras, através da Secretaria de Educação e Cultura, deve ter uma participação fundamental, sem o que, certamente ficará mais difícil. Vou mais além, a Prefeitura poderia investir na construção de um local para eventos sociais, um local que pudesse servir para apresentação teatral, filmes, reuniões sociais organizadas pela Prefeitura e Câmara Municipal e eventualmente ser alugada para bailes, com mesas vendidas previamente.
Acho que Ponta de Pedras é carente de espaços como o sugerido acima. Cheguei a frequentar festa no Cine Marajó, que foi destruído para a construção da Câmara Municipal. Claro, nosso Município precisa de uma Casa de Leis, mas deveria ter sido levado em consideração a necessidade de cultura e divertimento para a população. Com a destruição do Cine Marajó, nosso Município ficou carente de um espaço semelhante e resolver esse problema não deixa de ser um desafio para a administração atual e que se não for resolvido, não devemos esquecer que é uma necessidade da população de Ponta de Pedras.

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