1 – FISCALIZAÇÃO PRECÁRIA – Contas e contratos das prefeituras não têm
praticamente nenhum controle externo. Fora São Paulo e Rio, os únicos
municípios com mais de 5 milhões de habitantes e tribunal de contas própria,
todos os outros são fiscalizados por tribunais estaduais – 27 para 5568
prefeituras.
2 – DESVIOS SÃO PEQUENOS – Como a maior parte delas tem orçamento baixo,
o volume de dinheiro desviado também é reduzido. E vazamento gota a gota são
menos perceptíveis que enxurradas, dizem especialistas.
3 – SERVIDORES DESPREPARADOS – O desvio mais comum em prefeituras se dá
por meio de fraudes em licitações, algo que funcionários públicos preparados
poderiam ajudar a evitar, elaborando concorrências mais benfeitas, por exemplo.
Boa parte desses servidores, porém, desconhece até mesmo os procedimentos
básicos necessários para prestar contas corretamente segundo análise da CGU.
4 – DENHEIRO MENOS VIGIADO – Em média, dois terços das receitas dos
municípios vêm dos estados e da União, o que significa que o dinheiro dos
impostos municipais tem pouco peso no orçamento das prefeituras. E é sabido
que, quando o dinheiro vem de fora, e não da arrecadação interna, a vigilância
sobre o seu destino diminui.
5 – COMPADRIO – Sete em cada dez cidades brasileiras não têm nem 20
000 habitantes. Com isso, a proximidade
entre funcionários públicos corruptos e autoridades que deveriam fiscalizá-los,
como vereadores e juízes, pode afrouxar os mecanismos de controle.
Fonte: Revista Veja de 2 de setembro de 2015.
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