terça-feira, 10 de março de 2015

SUGESTÃO DE PROCESSO SELETIVO PARA CANDIDATO PARTICIPAR DO PROGRAMA DE FINANCIAMENTO UNIVERSITÁRIO DE PONTA DE PEDRAS.

Na última postagem, argumentei sobre a possibilidade da Prefeitura Municipal de Ponta de Pedras, financiar a formação universitária de Estudantes do Município, e assim, tentar melhorar a oferta de médicos para atender a comunidade pontapedrense. Apesar de ter sugerido apenas o financiamento para alunos que viessem cursar medicina, dada sua grande necessidade, outras profissões igualmente necessárias poderiam ser beneficiadas, como engenheiros, administradores e outras profissões julgadas necessárias pela administração municipal. Naquela postagem, afirmei que o processo de seleção para escolher o candidato ao financiamento faria em outra postagem, o que faço agora.
Dividirei minha sugestão em três tópicos: a) seleção propriamente dita, onde procurarei citar alguns pré-requisitos a serem observados pelos conterrâneos interessados em obter o financiamento; b) preparação, onde tento demonstrar a necessidade de uma preparação prévia antes do selecionado prestar os exames para ingresso na faculdade pretendida e finalmente c) matrícula, onde tecerei alguns comentários sobre o procedimento que poderia ser observado por ocasião da matrícula do financiado na universidade.
DA SELEÇÃO.
No meu entender, o primeiro requisito para um pontapedrense receber o financiamento, seria o mérito, isto é, o candidato teria que fazer por merecer.
Dentro dessa visão, a Prefeitura, após o devido planejamento e através do setor responsável pela seleção do candidato, deveria divulgar com certa antecedência o programa e seu principal objetivo, inclusive, esclarecendo as normas quanto ao pré-requisito para participação no programa, dentre outros julgados indispensáveis pela administração municipal. Acho importante que os candidatos para concorrem ao financiamento preencham pelo menos as seguintes condições:
a)Sejam oriundos das escolas existentes no Município – essa exigência seria importante para despertar nos estudantes das escolas municipais o interesse em participar do certame e assim incentivá-los a estudar;
b) Seus familiares residam no Município – essa exigência, visa eliminar os estudantes que venham estudar no município única e exclusivamente para conseguir o financiamento, enquanto seus familiares residem em outro local, Belém, por exemplo;

c) Sejam escolhidos através de concursos, dentre os demais candidatos que aderirem ao programa.

Divulgado o programa para conhecimento municipal, a Prefeitura divulgaria nas escolas, nas séries do segundo grau, informando detalhadamente o objetivo do programa, as vantagens para os alunos e principalmente, enaltecendo o serviço que os alunos, uma vez formados, prestarão à sua comunidade, pois, suprirão a necessidade de médicos no atendimento do seu povo, além de serem remunerados e adquirirem uma excelente profissão que os possibilitará competir em igualdade de condições no mercado de trabalho.
Conforme anteriormente citei, os alunos deveriam ser selecionados através de provas, em data previamente estabelecida pelo setor encarregado pela seleção. Os candidatos que obtivessem as maiores notas seriam os classificados para participarem da fase de preparação. Para despertar maior empenho entre os candidatos, poderia ser levado em consideração o aproveitamento do aluno durante o segundo grau. Para isso, poderia ser atribuída uma bonificação aos alunos que obtiveram relevante desempenho ao longo das séries anteriores, como por exemplo, o aluno que foi aprovado com a nota máxima num determinado ano, isto é, dez, levaria um ponto de bonificação e considerando dez como referência, poderiam ser distribuídos pontos para as outras notas. Ainda poderiam ser considerados intervalos, por exemplo, entre 9,0 e 10 a bonificação seria x; entre 8,0 e 8,99 y e assim por diante ou outro intervalo considerado. No final, já com o resultado das provas a que os candidatos tenham se submetido, os resultados parciais seriam somados, obtendo-se a classificação para a fase de preparação.
Acho que para passar para a fase de preparação, não deveria ser selecionado um grande número de candidatos, 10 a 15 seriam suficientes, para que a preparação seja mais efetiva e os candidatos possam absorver melhor os ensinamentos.

DA PREPARAÇÃO.

Sabemos que passar num vestibular ou conseguir pontuação no enen para se matricular numa faculdade não é uma tarefa das mais fáceis. Para isso, os alunos selecionados devem ser preparados para enfrentar essa árdua batalha e um trabalho em conjunto candidato x Prefeitura seria muito importante.
Os candidatos previamente selecionados, aos domingos ou em dias acertados entre Prefeitura e candidato, receberiam aulas de reforço, oferecidas pela prefeitura, visando basicamente prepará-los para o concurso e com condicionante de que, em caso de exceder um determinado número de faltas, o aluno seria desligado, isso para atribuir responsabilidade aos alunos e aos pais dos mesmos. Os professores poderiam ser contratados no próprio Município ou importados. Existem professores em Belém que no final de semana deslocam-se para alguns municípios para ministrar curso preparatório para que os munícipes prestem vestibular para as universidades.
É importante que antes de iniciar a fase de preparação, os alunos selecionados, assinem o contrato de financiamento, caso isso não ocorra, a Prefeitura poderá correr o risco de preparar o candidato, o mesmo prestar exames de vestibular, ser aprovado e depois se recusar a assinar o contrato, simplesmente se beneficiando dos recursos do Município sem dar a contrapartida.

DA MATRÍCULA.
Finalmente, feito o vestibular ou o processo seletivo para ingressar na faculdade, aquele que obtivesse a maior nota seria o contemplado, vindo a consequente matrícula.
Nesta fase já deve estar acertado entre candidato e Prefeitura a forma de pagamento para a instituição de ensino, se a mesma for paga. Acho importante que a negociação quanto ao valor das mensalidades seja negociado pelo candidato diretamente com a instituição de ensino, pois assim, o candidato poderá obter algum abatimento no valor da mensalidade, o que poderá reduzir o seu débito junto a Prefeitura no final do curso.
Sobre o desembolso, a Prefeitura poderia alocar um determinado valor e depositar mensamente no banco existente em Ponta de Pedras, numa conta conjunto, de tal forma que, a retirada, só poderia ocorrer mediante assinatura do aluno e de um representante da Prefeitura credenciado junto ao banco. Esse processo seria importante para que existisse um controle dos gastos do aluno e ao mesmo tempo para evitar que pudesse ocorrer atraso no pagamento das mensalidades, o que poderia incorrer juros.
Dentre os candidatos aprovados pode ser que aconteça do candidato melhor colocado ter sido aprovado para uma universidade federal, nesse caso, poderá sobrar recurso disponibilizado no planejamento municipal, então, poderia ser dada oportunidade para um segundo colocado estudar, e os demais, como foram bem preparados, se fossem aprovados e pudessem arcar com as despesas escolares, se matriculariam e assumiriam as despesas com o curso, no entanto, não seriam atendidos pelo financiamento.
Evidentemente que isso é somente uma ideia, que poderá e deverá ser melhorada para o sucesso do programa, contudo, tenho certeza de que se bem planejado e os candidatos escolhidos por mérito, nosso problema de médicos será resolvido ou pelo menos diminuído, bem como, outras necessidades poderão ser supridas.  Nossos conterrâneos certamente agradecerão, pois terão maiores chances de crescerem na vida e nosso Município só terá a ganhar, assim, todos sairão ganhando.

2 comentários:

  1. Espero que alguém com força pública e boa vontade esteja acompanhando tuas postagens. Excelente ideia! Quando eu crescer, quero pensar soluções simples com essa facilidade :)

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  2. Valeu Parente, brevemente você não estará somente sugerindo, mas sim, planejando e executando. Certamente o Marajó e principalmente Cachoeira do Arari, ainda
    terá você como colaboradora, sem efetivamente trabalhar na Prefeitura local.

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