Na última postagem, argumentei sobre a
possibilidade da Prefeitura Municipal de Ponta de Pedras, financiar a formação
universitária de Estudantes do Município, e assim, tentar melhorar a oferta de
médicos para atender a comunidade pontapedrense. Apesar de ter sugerido apenas
o financiamento para alunos que viessem cursar medicina, dada sua grande necessidade,
outras profissões igualmente necessárias poderiam ser beneficiadas, como engenheiros,
administradores e outras profissões julgadas necessárias pela administração
municipal. Naquela postagem, afirmei que o processo de seleção para escolher o
candidato ao financiamento faria em outra postagem, o que faço agora.
Dividirei minha sugestão em três tópicos: a)
seleção propriamente dita, onde procurarei citar alguns pré-requisitos a serem observados
pelos conterrâneos interessados em obter o financiamento; b) preparação, onde
tento demonstrar a necessidade de uma preparação prévia antes do selecionado
prestar os exames para ingresso na faculdade pretendida e finalmente c)
matrícula, onde tecerei alguns comentários sobre o procedimento que poderia ser
observado por ocasião da matrícula do financiado na universidade.
DA SELEÇÃO.
No meu entender, o primeiro requisito para um pontapedrense
receber o financiamento, seria o mérito, isto é, o candidato teria que fazer
por merecer.
Dentro dessa visão, a Prefeitura, após o
devido planejamento e através do setor responsável pela seleção do candidato,
deveria divulgar com certa antecedência o programa e seu principal objetivo,
inclusive, esclarecendo as normas quanto ao pré-requisito para participação no programa,
dentre outros julgados indispensáveis pela administração municipal. Acho
importante que os candidatos para concorrem ao financiamento preencham pelo
menos as seguintes condições:
a)Sejam oriundos das escolas existentes no
Município – essa exigência seria importante para despertar nos estudantes das
escolas municipais o interesse em participar do certame e assim incentivá-los a
estudar;
b) Seus familiares residam no Município – essa
exigência, visa eliminar os estudantes que venham estudar no município única e
exclusivamente para conseguir o financiamento, enquanto seus familiares residem
em outro local, Belém, por exemplo;
c) Sejam escolhidos através de concursos,
dentre os demais candidatos que aderirem ao programa.
Divulgado o programa para conhecimento
municipal, a Prefeitura divulgaria nas escolas, nas séries do segundo grau,
informando detalhadamente o objetivo do programa, as vantagens para os alunos e
principalmente, enaltecendo o serviço que os alunos, uma vez formados, prestarão
à sua comunidade, pois, suprirão a necessidade de médicos no atendimento do seu
povo, além de serem remunerados e adquirirem uma excelente profissão que os possibilitará
competir em igualdade de condições no mercado de trabalho.
Conforme anteriormente citei, os alunos
deveriam ser selecionados através de provas, em data previamente estabelecida
pelo setor encarregado pela seleção. Os candidatos que obtivessem as maiores
notas seriam os classificados para participarem da fase de preparação. Para
despertar maior empenho entre os candidatos, poderia ser levado em consideração
o aproveitamento do aluno durante o segundo grau. Para isso, poderia ser atribuída
uma bonificação aos alunos que obtiveram relevante desempenho ao longo das
séries anteriores, como por exemplo, o aluno que foi aprovado com a nota máxima
num determinado ano, isto é, dez, levaria um ponto de bonificação e
considerando dez como referência, poderiam ser distribuídos pontos para as outras
notas. Ainda poderiam ser considerados intervalos, por exemplo, entre 9,0 e 10
a bonificação seria x; entre 8,0 e 8,99 y e assim por diante ou outro intervalo
considerado. No final, já com o resultado das provas a que os candidatos tenham
se submetido, os resultados parciais seriam somados, obtendo-se a classificação
para a fase de preparação.
Acho que para passar para a fase de
preparação, não deveria ser selecionado um grande número de candidatos, 10 a 15
seriam suficientes, para que a preparação seja mais efetiva e os candidatos
possam absorver melhor os ensinamentos.
DA PREPARAÇÃO.
Sabemos que passar num vestibular ou conseguir
pontuação no enen para se matricular numa faculdade não é uma tarefa das mais
fáceis. Para isso, os alunos selecionados devem ser preparados para enfrentar
essa árdua batalha e um trabalho em conjunto candidato x Prefeitura seria muito
importante.
Os candidatos previamente selecionados, aos
domingos ou em dias acertados entre Prefeitura e candidato, receberiam aulas de
reforço, oferecidas pela prefeitura, visando basicamente prepará-los para o
concurso e com condicionante de que, em caso de exceder um determinado número
de faltas, o aluno seria desligado, isso para atribuir responsabilidade aos
alunos e aos pais dos mesmos. Os professores poderiam ser contratados no
próprio Município ou importados. Existem professores em Belém que no final de
semana deslocam-se para alguns municípios para ministrar curso preparatório para
que os munícipes prestem vestibular para as universidades.
É importante que antes de iniciar a fase de
preparação, os alunos selecionados, assinem o contrato de financiamento, caso
isso não ocorra, a Prefeitura poderá correr o risco de preparar o candidato, o
mesmo prestar exames de vestibular, ser aprovado e depois se recusar a assinar
o contrato, simplesmente se beneficiando dos recursos do Município sem dar a
contrapartida.
DA MATRÍCULA.
Finalmente, feito o vestibular ou o processo
seletivo para ingressar na faculdade, aquele que obtivesse a maior nota seria o
contemplado, vindo a consequente matrícula.
Nesta fase já deve estar acertado entre
candidato e Prefeitura a forma de pagamento para a instituição de ensino, se a
mesma for paga. Acho importante que a negociação quanto ao valor das
mensalidades seja negociado pelo candidato diretamente com a instituição de
ensino, pois assim, o candidato poderá obter algum abatimento no valor da
mensalidade, o que poderá reduzir o seu débito junto a Prefeitura no final do
curso.
Sobre o desembolso, a Prefeitura poderia
alocar um determinado valor e depositar mensamente no banco existente em Ponta
de Pedras, numa conta conjunto, de tal forma que, a retirada, só poderia
ocorrer mediante assinatura do aluno e de um representante da Prefeitura
credenciado junto ao banco. Esse processo seria importante para que existisse
um controle dos gastos do aluno e ao mesmo tempo para evitar que pudesse
ocorrer atraso no pagamento das mensalidades, o que poderia incorrer juros.
Dentre os candidatos aprovados pode ser que
aconteça do candidato melhor colocado ter sido aprovado para uma universidade
federal, nesse caso, poderá sobrar recurso disponibilizado no planejamento
municipal, então, poderia ser dada oportunidade para um segundo colocado
estudar, e os demais, como foram bem preparados, se fossem aprovados e pudessem
arcar com as despesas escolares, se matriculariam e assumiriam as despesas com o
curso, no entanto, não seriam atendidos pelo financiamento.
Evidentemente que isso é somente uma ideia,
que poderá e deverá ser melhorada para o sucesso do programa, contudo, tenho
certeza de que se bem planejado e os candidatos escolhidos por mérito, nosso
problema de médicos será resolvido ou pelo menos diminuído, bem como, outras
necessidades poderão ser supridas. Nossos
conterrâneos certamente agradecerão, pois terão maiores chances de crescerem na
vida e nosso Município só terá a ganhar, assim, todos sairão ganhando.
Espero que alguém com força pública e boa vontade esteja acompanhando tuas postagens. Excelente ideia! Quando eu crescer, quero pensar soluções simples com essa facilidade :)
ResponderExcluirValeu Parente, brevemente você não estará somente sugerindo, mas sim, planejando e executando. Certamente o Marajó e principalmente Cachoeira do Arari, ainda
ResponderExcluirterá você como colaboradora, sem efetivamente trabalhar na Prefeitura local.